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Incêndios: Mais de 80 concelhos de 10 distritos em perigo máximo

Incêndios: Mais de 80 concelhos de 10 distritos em perigo máximo
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Publicado em 11 de julho de 2022, às 10:55

Braga encontra-se entre os dez distritos em perigo máximo de incêndio rural.

Portugal continental entrou esta segunda-feira em situação de contingência devido às previsões meteorológicas para os próximos dias. Mais de 80 concelhos dos distritos de Braga, Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Portalegre, Beja e Faro encontram-se em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A situação de contingência foi declarada devido às previsões meteorológicas dos próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndios rurais. A declaração começou às 00h00 de hoje e deverá terminar às 23h59 de sexta-feira, mas poderá, como já indicou o Ministério da Administração Interna (MAI), “ser prolongada caso seja necessário” e “não exclui a adoção de outras medidas que possam resultar da permanente monitorização da situação”.

“Esta declaração resulta da elevação do estado de alerta especial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil [ANEPC], em função do agravamento das previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera [IPMA], com grande parte do território continental nos níveis elevado, muito elevado e máximo de risco de incêndio. Considera ainda o esforço que impende sobre o dispositivo operacional e a necessidade de serem adotadas medidas preventivas e especiais de reação face ao risco”, avança uma nota do MAI, divulgada este domingo.

A declaração implica “o imediato acionamento de todos os planos de emergência e proteção civil nos diferentes níveis territoriais”, a passagem ao estado de alerta especial de nível vermelho do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), para todos os distritos, com mobilização de todos os meios disponíveis, e “o reforço do dispositivo dos corpos de bombeiros com a contratualização de até 100 novas equipas, mediante a disponibilidade dos corpos de bombeiros”.

Espera-se ainda a elevação do grau de prontidão e resposta operacional, por parte da GNR e da PSP, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização e patrulhamentos, e o grau de prontidão e mobilização de equipas de emergência médica, saúde pública e apoio social também será aumentado. Haverá também a “mobilização em permanência” das equipas de sapadores florestais, corpo nacional de agentes florestais e vigilantes da natureza que integram o dispositivo de prevenção e combate a incêndios, além de um reforço da capacidade de atendimento do serviço 112.

De caráter excecional, são implementadas as medidas de proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, proibição da realização de queimadas e de queimas de sobrantes de exploração e proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios rurais. Vai ser igualmente proibida a realização de trabalhos nos espaços rurais com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal e a utilização de fogo-de-artifício.
Autor: Redação/Lusa