Esplanadas e aulas presenciais para 2.º e 3.º ciclo a partir da próxima segunda-feira

O primeiro-ministro afirmou ontem que Portugal pode «dar o passo de avançar» com as medidas de desconfinamento previstas para a próxima segunda-feira, dia 5 de abril. No final do Conselho de Ministros, António Costa explicou que «a aplicação combinada dos dois critériosΩ – incidência e ritmo de transmissão da covid-19 - mantém Portugal «claramente no quadrante verde». Assim sendo, na próxima segunda-feira reabrem os restaurantes, pastelarias e cafés com esplanada, embora com grupos limitados a quatro pessoas. De igual modo reabrem os centros de dia e equipamentos sociais para a área da deficiência. Também as lojas com porta para a rua com menos de 200 metros quadrados deixam de ter de vender ao postigo e passam a poder ter as suas portas franqueadas ao público, para, de acordo com a rotação e as regras da Direção-Geral da Saúde, poderem fazer atendimento presencial. António Costa confirmou ainda o regresso das aulas presenciais para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos, bem como a reabertura dos ATL correspondentes àquela faixa etária. Estes estudantes juntam-se assim às crianças das creches e do 1.º ciclo que foram os primeiros a regressar às suas escolas, em 15 de março. A prática de modalidades desportivas de baixo risco também passará a ser permitida a partir de segunda-feira, mas os eventos desportivos continuarão a decorrer sem a presença de público, já que «é um risco que tem de ser evitado». O primeiro-ministro informou ainda que a proibição da circulação entre concelhos no continente português não vai estar em vigor na quinzena após a Páscoa. No entanto, a fronteira terrestre entre Portugal e Espanha vai continuar encerrada, salvo as exceções já existentes. No final do Conselho de Ministros, António Costa pediu «cautela» aos portugueses e avisou que avisou que há 19 concelhos no continente acima do limiar de risco de incidência da covid-19, os quais podem não avançar no desconfinamento caso a situação se mantenha na próxima avaliação do Governo. António Costa deixou «uma palavra de profundo agradecimento aos portugueses pela forma como têm conseguido coletivamente controlar esta pandemia», com resultados que devem orgulhar a todos. «Mas esse orgulho deve ser transformado e convertido em força motivadora para continuarmos a manter o esforço para que não tenhamos ficado parados a marcar passo nem muito menos tenhamos que regredir no que já conseguimos obter e que possamos prosseguir este desconfinamento a conta gotas», apelou..
Autor: Rita Cunha/Lusa