A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) assinala o mês do coração, em maio, através de uma campanha que desafia os portugueses a saber se o seu coração “é e está capaz para a vida”, informou a entidade em comunicado.
Em média, por dia, quase 100 pessoas perdem a vida em consequência das doenças cardiovasculares, a primeira causa de morte em Portugal, representando 29,7% da mortalidade em Portugal, num impacto superior a 330 milhões de euros para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
De acordo com a FPC, 55% da população portuguesa entre os 18 e os 79 anos têm dois ou mais fatores de risco, enquanto mais de metade tem excesso de peso ou obesidade e 40% sofrem de hipertensão arterial.
Colesterol elevado, hipertensão arterial, excesso de peso e obesidade, diabetes mellitus, alimentação, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, consumo de drogas e stress são os fatores de risco que, de acordo com a fundação, podem ser controlados.
Das mortes registadas anualmente, mais de 3.000 devem-se a Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e quase 850 a enfartes agudos do miocárdio (ataque cardíaco), sendo estas doenças responsáveis pelo internamento de quase 37 mil portugueses.
Nos casos de morte súbita registados, há 12.000 tentativas de ressuscitação, através da aplicação de manobras de reanimação cardiopulmonar, mas apenas 681 cidadãos chegaram vivos ao hospital e em 57% dos casos não é sequer realizada qualquer manobra de reanimação até à chegada de meios de socorro.
A insuficiência cardíaca atinge meio milhão de portugueses, mas a maior parte dos portugueses não sabe identificar os sintomas e 86% apenas “ouviu falar” da doença que irá afetar um quinto das pessoas em alguma altura das suas vidas.
Autor: Lusa