Segundo a ANBP/SNBP, este protesto pode causar impacto na prestação de socorro às populações.O presidente da ANBP, Fernando Curto, disse que a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), enquanto entidade patronal, tem há dez anos “na gaveta o acordo coletivo de trabalho destinado aos bombeiros profissionais das associações humanitárias”, considerando que esta situação “não é admissível”.
“Há dez anos que esperamos pela conclusão das negociações para a celebração desse acordo. Como tal, estamos disponíveis para repensar a situação do voluntariado se a Liga o não assumir”, sublinhou Fernando Curto.Segundo o presidente da ANBP, são cerca de 12.000 os bombeiros profissionais existentes nas associações humanitárias e que também são voluntários. De acordo com a ANBP/SNBP, na grande parte das associações humanitárias, o trabalho voluntário é assegurado maioritariamente pelos próprios bombeiros profissionais e, também nas EIP, o trabalho efetuado para além do horário legal de trabalho, é efetuado pelos mesmos profissionais em regime de voluntariado.
Fernando Curto referiu que muitos dos elementos das EIP, equipas de profissionais existentes nos bombeiros voluntários e com um horário entre 09:00 e as 17:30, desempenham funções de voluntariado após esse horário.O presidente da ANBP considerou ser “muito importante” a clarificação da situação profissional destes bombeiros e sublinhou que não se justifica que os membros das EIP trabalhem das 09:00 às 17:30, devendo existir uma escala de 24 horas. Nesse sentido, a ANBP/SNBP realça a necessidade de reforço do número de profissionais nas EIP, “de modo a assegurar operacionalidade durante 24 por dia (e não apenas durante o horário normal de trabalho) e a compensar as licenças, faltas e ausências para formação” dos seus elementos. No comunicado, a ANBP/SNBP defende ainda um estatuto e uma carreira única para os bombeiros profissionais e a regulamentação da carreira para os bombeiros que prestam serviço nas EIP.
Autor: Redação