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Associações "chocadas" com proposta de áreas de contenção ao alojamento local

Associações "chocadas" com proposta de áreas de contenção ao alojamento local
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Publicado em 18 de julho de 2018, às 13:28

Proposta do PS de que as Câmaras podem estabelecer «áreas de contenção» para instalação de novos estabelecimentos de alojamento local.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) manifestaram-se hoje «chocadas» com as alterações legislativas ao alojamento local, prevendo um retrocesso com impacto negativo para o turismo.
«A criação de zonas de contenção por regulamento municipal, permitindo inclusive às câmaras suspender, de imediato, registos de novos estabelecimentos de alojamento local, sem quaisquer critérios, regras claras e transparentes ou indicadores objetivos, viola de forma flagrante as regras da Diretiva Comunitária de Serviços», defenderam a AHRESP e a ALEP, em comunicado de imprensa conjunto.
Neste sentido, as associações do setor do alojamento turístico indicaram que esta medida para limitar o alojamento local vai «exatamente no sentido contrário àquelas que são as novas tendências internacionais do turismo e as últimas recomendações da União Europeia sobre como legislar estas novas realidades».
Em causa está a proposta do PS de que as câmaras municipais podem estabelecer «áreas de contenção» para instalação de novos estabelecimentos de alojamento local, aprovada na especialidade na terça-feira, com os votos contra do PSD e do CDS-PP e os votos favoráveis do PS, PCP e BE, e que irá hoje a votação final global.
Nas áreas de contenção a definir pelos municípios, «o mesmo proprietário apenas pode explorar um máximo de sete estabelecimentos de alojamento local», critério que apenas se aplica aos estabelecimentos que se instalem após a entrada em vigor das alterações legislativas, de acordo com a proposta aprovada, na especialidade, na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação. Para a AHRESP e a ALEP, as alterações aprovadas, na especialidade, ao regime jurídico do alojamento local «criam mais instabilidade e vão condicionar o desenvolvimento desta atividade económica que hoje já representa cerca de 1/3 das dormidas nacionais, que traz rendimento a 33.000 famílias e ajuda a criar milhares de empresas e empregos».  
Autor: Redação