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Altino Bessa fala em "amiguismo" depois de ver Telmo Correia como cabeça de lista pelo CDS-PP

Altino Bessa fala em "amiguismo" depois de ver Telmo Correia como cabeça de lista pelo CDS-PP
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Publicado em 08 de abril de 2019, às 01:34

CDS-PP de Braga e JP de Braga podem deixar Telmo Correia "abandonado" em campanha na capital minhota.

«O amiguismo continua a prevalecer no CDS de Lisboa». É desta forma que o líder da concelhia de Braga do CDS-PP reage, nas redes sociais, depois de ver, novamente, o nome de Telmo Correia escolhido para liderar os candidatos por Braga nas legislativas. Para Altino Bessa continha a prevalecer «o amiguismo» e considera que Assunção Cristas «continua a “enxamear” o resto do País, vão desde Viana do Castelo até Faro, passando por Braga, Porto e por quase todos os distritos».
«E que fique claro eu já há mais de um ano disse que não queria ser candidato, só para não haver más interpretações quanto às minhas intenções», faz questão de frisar.
Indicado como candidato pela Juventude Popular a deputado, Francisco Mota também não deixa de afirmar que «as questões das escolhas internas não ficaram esquecidas». «Sem novidades, com coerência e liberdade assumo que abdico se Telmo Correia for cabeça de lista do CDS/PP no distrito», refere o líder da JP de Braga, que desta foram também deixa Telmo Correia "abandonado".
«Não são considerações pessoais que nos afastam, mas antes desconsiderações políticas que nos distanciam. Dez anos afastado do território por onde foi eleito deverá ter consequências», frisa, acrescentando que «um partido político que se afirma pela sua grandeza intelectual, pretendendo inspirar os portugueses nas suas ideias, não pode redistribuir os de Lisboa pelo resto do país», frisa em comentário na página pessoal do facebook.
Também a Tendência Esperança em Movimento (TEM), uma corrente interna do CDS-PP, tornou público que  votou contra os cabeças de lista às legislativas por discordar do «método e da forma» com foram feitas. Abel Matos Santos, da TEM, explicou que os conselheiros nacionais da tendência votaram contra a proposta de Assunção Cristas quanto à chamada quota nacional pela direção, dado que defendem «um papel maior das estruturas concelhias e distritais» na definição dos candidatos. A chamada quota nacional inclui, além dos cabeças de lista aos 18 distritos e círculos da Europa e Fora da Europa, os primeiros candidatos nos dois maiores círculos (Lisboa e Porto). Estatutariamente, e por uma questão de autonomia, Açores e Madeira escolhem os seus candidatos. Assunção Cristas deixará a lista de Leiria, por onde concorreu em eleições passadas, para liderar a lista de Lisboa, cidade onde é vereadora na câmara. No Porto, a primeira candidata será a vice-presidente Cecília Meireles. O líder da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, é indicado para número dois na lista do Porto. No total, há nove deputados como cabeças-de-lista: Assunção Cristas em Lisboa, Cecília Meireles no Porto, Nuno Magalhães, líder parlamentar, em Setúbal, João Almeida em Aveiro, Telmo Correia em Braga, João Rebelo em Faro, Patrícia Fonseca em Santarém, Filipe Anacoreta Correia em Viana do Castelo e Helder Amaral em Viseu. Entre os independentes, destacam-se três ex-jornalistas: Raquel Abecasis, que encabeça a lista em Leiria, Rui Lopes da Silva, ex-RTP e chefe de gabinete de Cristas, e Sebastião Bugalho, atual colunista do Observador, que concorrem em 6.º lugar na lista de Lisboa. De saída está Teresa Caeiro, até agora eleita pelo círculo de Faro.
Autor: Nuno Cerqueira