Catarina Martins reuniu-se, esta tarde, em Braga, com a Comissão de Trabalhadores da Bosch Car Multimedia, tendo revelado que o Bloco de Esquerda vai reunir-se com empresas de várias regiões e depois as queixas serão apresentadas «com a Autoridade para as Condições do Trabalho».
Através do portal despedimentos.pt. Catarina Martins revelou que foram apresentadas perto de 1.600 queixas relativas à situação de mais de 100 mil trabalhadores.
«A emergência para a pandemia foi utilizada para, à margem da lei, entidades patronais abusarem dos direitos dos trabalhadores e não cumprirem a lei do trabalho», destacou a Coordenadora do Bloco de Esquerda, que disse ter
"exigido" ao Governo um «plano de fiscalização», liderado pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), de maneira a evitar, no futuro, lay-off' s fradulentos e «despedimentos ilegais».
Sobre a Bosch Car Multimedia, que foi alvo de denúncias de abuso laboral (a empresa de Braga terá informado, por carta, da marcação de férias forçadas a mais de 3.400 trabalhadores, tendo a Bosch Car Multimedia, alegadamente, teria dito aos colaboradores que seria a melhor opção e ameaçava com a aplicação do lay-off que significaria uma redução salarial)
«Os funcionários da Bosch são um exemplo dos grandes cortes salariais que o lay-off representa. Este garante apenas 66% dos salários e não contabiliza toda a remuneração. Os cortes são ainda mais profundos do que um terço dos salários», vincou.
A líder bloquista defende ainda que o lay-off deve garantir a totalidade dos salários, revelando que o orçamento suplementar «mantém cortes acima dos 20% para trabalhadores com salários médios em Portugal».
[Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Pedro Vieira da Silva