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Portugal sobe três posições no Índice de Transição Verde

Portugal sobe três posições no Índice de Transição Verde
Fotografia Unsplash

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 05 de fevereiro de 2025, às 12:46

Portugal subiu três posições no Índice de Transição Verde, que avalia 29 países europeus quanto ao progresso da sustentabilidade ambiental em sete categorias, estando acima da média europeia, mas muito abaixo quanto aos resíduos.

O Índice pretende ajudar a medir o progresso para uma economia mais sustentável e foi lançado em 2022, com a segunda edição a ter sido hoje divulgada. Portugal subiu para a 15.ª posição, quando na primeira edição estava na 18.ª, uma subida sustentada pelas categorias Economia, Natureza e Edifícios.

Dinamarca, Áustria e Suécia ocupam os primeiros lugares e nos últimos estão Chipre, Bulgária e Grécia.

Da responsabilidade da consultora “Oliver Wyman”, o Índice avalia a evolução dos 29 países em sete categorias: Economia, Natureza, Indústria Transformadora, Energia, Transportes, Edifícios e Resíduos.

Na categoria Economia Portugal subiu em relação à anterior avaliação, a reboque de uma redução significativa das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), em sexto lugar nessa matéria.

Na categoria Natureza o país também teve uma grande subida, 11 posições, para a 14.ª, especialmente pelo aumento da agricultura biológica (o quarto melhor europeu), embora em relação à exploração da água apresente dos piores desempenhos, estando na posição 25.

Quanto à Indústria Transformadora Portugal desceu no ranking, passando da posição 18 para a 21, e quanto à Energia caiu também quatro lugares e está agora na posição nove.

Na área dos Transportes Portugal permanece na média inferior da tabela (lugar 19), estando abaixo da média em automóveis ligeiros de baixas emissões e na cauda da tabela (lugar 26) em relação ao uso de transportes públicos.

A categoria Edifícios, que não contabiliza a pobreza energética, coloca Portugal na liderança, pelo uso de energias renováveis para aquecimento das casas e pela capacidade do uso de bioenergia.

Ao contrário do que se passa na categoria Resíduos, com um 28.º lugar, o penúltimo da tabela. O volume significativo de resíduos enviados para aterro é uma das causas de tão baixa classificação.

Joana Freixa, da “Oliver Wyman” Portugal, defendeu na apresentação do ranking que Portugal precisa de melhores estradas e de aumentar o investimento em transportes públicos, nas grandes cidades mas também em todo o país, notando que comparando por exemplo com Espanha o país está aquém no setor ferroviário.

Quanto aos resíduos referiu a necessidade de incentivar cada vez mais a separação.

Sugere ainda que Portugal também tem de investir mais nas áreas protegidas, em cuja matéria também está muito mal classificado (28.ª posição). A gestão da água e as áreas protegidas, na componente Natureza, são os “grandes desafios”, notou.

A “Oliver Wyman” é uma empresa norte-americana de consultoria de gestão.