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Consulta pública de proposta para novas tarifas dos táxis alargada até 13 de dezembro

Consulta pública de proposta para novas tarifas dos táxis alargada até 13 de dezembro
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 05 de novembro de 2024, às 10:48

O prazo da consulta pública sobre a proposta de simplificação do tarifário dos táxis foi alargado até 13 de dezembro devido à “elevada participação”, de acordo com a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

A proposta, que prevê, entre outras medidas, uma bandeirada mais baixa e tarifas especiais em época baixa ou alta, estava inicialmente em consulta pública até 31 de outubro.

Segundo uma nota publicada no ‘site’ da AMT, o alargamento do prazo deve-se também a solicitações de diversos interessados e à necessidade de assegurar que a versão final do projeto “tem em devida conta o interesse público e das várias entidades do ecossistema da mobilidade e dos transportes”.

Desta forma, o período de consulta pública foi estendido por 30 dias úteis.

A proposta de regulamento em causa surgiu após a entrada em vigor, em 01 de novembro de 2023, do novo regime jurídico do transporte de passageiros em táxi (decreto-lei 101/2023), aplicável a todo o território nacional.

A lei dava à AMT, reguladora dos transportes, o prazo de um ano para estabelecer em regulamento as regras gerais de formação dos preços em função dos tipos de serviço, tendo em conta os princípios de recuperação económica e financeira dos custos de serviço, para promoção da eficiência e da acessibilidade.

Segundo o regulamento agora em consulta pública, considera-se a modalidade de aplicação dupla da tarifa, na qual o cálculo da importância a pagar implica a aplicação simultânea da tarifa por tempo e da tarifa por distância em toda a corrida.

Assim, o valor da viagem será considerado através do valor da bandeirada, que passará para dois euros, contra os 3,25 euros atuais, mais o preço por quilómetro e o preço por hora, que varia consoante o dia do ano e o período do dia.

De acordo com a AMT, a proposta para o sistema tarifário permite uma “simplificação das regras tarifárias”, promove uma maior “justiça tarifária nas viagens interconcelhias”, garante que sejam de aplicação imediata (não implicando adaptações específicas de taxímetros) e reflete “os reais custos do sistema”.

A entidade reguladora refere que se “eliminam as tarifas em vazio quando se ultrapassam fronteiras municipais”, uma das reivindicações mais pedidas pelos utilizadores.

Nas tarifas intermunicipais, a fórmula de cálculo proposta é “transversal a todo o território nacional”, deixando de existir penalização pelo facto de a viagem ter início num concelho e fim noutro.

Prevê-se também a criação de um tarifário que considera que nos dias feriados e nas datas festivas - como o Natal, Ano Novo e feriado municipal - existe lugar a "um agravamento do preço por tempo de viagem", além de tarifas sazonais, nas regiões com forte atração turística.

A proposta prevê ainda a eliminação dos suplementos atuais (bagagem e transporte de animais, atualmente de 1,60 euros), mantendo-se o de reserva/chamada (80 cêntimos), e sugere que sejam adotados “valores mais reduzidos quando a reserva é feita através de plataformas digitais”.

No diagnóstico realizado ao setor do táxi, a AMT concluiu que em Portugal se destaca “um conjunto de dificuldades”, como a falta de mão-de-obra e o envelhecimento do setor, motivado pela sua baixa rentabilidade, além da baixa atratividade, que se traduz numa perda de mercado e em necessidades de financiamento para a renovação de frotas.

Para promover uma mudança, o organismo destaca a importância de ser possível fazer reservas via aplicações digitais, de se estabelecer o preço antes da realização da viagem e a possibilidade de pagamento da viagem através da aplicação ou de multibanco.