Os incêndios que lavraram nas regiões norte e centro ao longo desta semana provocaram cinco mortos e 177 feridos, 17 dos quais graves, segundo números provisórios avançados esta sexta-feira pela Proteção Civil.
No ponto de situação sobre os incêndios realizado na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide (concelho de Oeiras), o comandante nacional indicou que dos 17 feridos graves, 11 são bombeiros, e dos 87 feridos ligeiros, 36 são operacionais que estiveram a combater as chamas. André Fernandes acrescentou que foram ainda assistidas no local dos fogos 72 pessoas, a maioria bombeiros.
Dos cinco mortos contabilizados pelo INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), quatro são bombeiros, segundo o comandante nacional de emergência e proteção civil. Esta contabilização excluiu duas pessoas que morreram de doença súbita no contexto dos fogos.
André Fernandes foi questionado sobre a área ardida, tendo respondido que é um valor que ainda está a ser contabilizado. “Em relação a área ardida ainda estamos a fazer esse levantamento, bem como os danos contabilizados por estes incêndios”, precisou.
O sistema europeu Copernicus dá esta sexta-feira conta que a área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 124 mil hectares. André Fernandes sustentou que “as áreas ardidas que saem hoje são as estimadas”. Explicou ainda que a entidade em Portugal que tem a responsabilidade por publicar a área ardida é o Instituto da Conversação da Natureza e das Florestas (ICNF) que utiliza vários métodos, designadamente o Copernicus e a validação feita pela GNR e gabinetes técnicos florestais dos municípios.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias. Os incêndios, que começaram no domingo, atingiram as regiões do norte e centro do país e destruíram dezenas de casas, obrigando ao corte de estradas e autoestradas e ao fecho de escolas. Os incêndios ficaram controlados esta sextaFeira.