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Proteção Civil não espera que situação dos incêndios acalme nas próximas 48 horas

Proteção Civil não espera que situação dos incêndios acalme nas próximas 48 horas
Fotografia DM

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 18 de setembro de 2024, às 15:55

A Proteção Civil antecipou que as próximas 24 horas vão ser “muito complexas e difíceis” para os operacionais e populações afetadas.

A Proteção Civil antecipou esta quarta-feira que as próximas 24 horas vão ser “muito complexas e difíceis” para os operacionais e populações afetadas pelos incêndios e não está à espera que a situação acalme nas próximas 48 horas. “Não estamos à espera de uma acalmia nas próximas 48 horas, o que é expectável é que possam surgir janelas de oportunidade para poder começar a reverter a situação”, disse aos jornalistas o comandante nacional de emergência e proteção civil.

Na conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para fazer um ponto de situação dos incêndios que lavram nas regiões do norte e centro de Portugal desde domingo, André Fernandes precisou que “a situação meteorológica ainda se mantém bastante desfavorável”, significando que ainda “é adversa” e que nas próximas 48 horas “o risco de incêndio não reduza significativamente”. “Mantemos este risco nas próximas 48 horas, mas em particular as próximas 24 horas vão ser muito complexas e difíceis para os bombeiros e população que está a ser afetada” pelos fogos.

Segundo o comandante nacional, os incêndios que atualmente preocupam continuam a ser os fogos do complexo da área metropolitana do Porto e da região de Aveiro, dos concelhos de Gondomar, Amarante, Baião, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real. André Fernandes deu conta de que, na região de Viseu, em especial no concelho de Castro Daire a situação é “muito complicada”, tendo o fogo já entrado no concelho de Arouca.

Questionado sobre as queixas dos autarcas sobre a falta de meios para combater os incêndios, nomeadamente o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, André Fernandes respondeu: “a situação é complicada, há meios dispersos em vastas áreas da região norte e centro, às vezes pensamos que não temos os meios corretos para fazer face a essas solicitações. Gondomar acionou o plano municipal de proteção civil e tem o ao dispor os meios existentes e a coordenação existente no plano”. “Vamos sempre reforçando o teatro de operações após ser feita a análise e a gestão operacional”, disse.

Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro, do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, esta quarta-feira pelas 12h00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos. O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.