twitter

Montenegro regressa aos debates quinzenais no parlamento mais de um mês depois

Montenegro regressa aos debates quinzenais no parlamento mais de um mês depois
Fotografia PSD

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 26 de junho de 2024, às 10:02

O último debate realizou-se a 15 de maio

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai responder hoje pela segunda vez aos deputados no formato de debate quinzenal, quase mês e meio depois de ter estado na Assembleia da República.

O último debate quinzenal – o primeiro de Montenegro enquanto chefe do Governo – realizou-se em 15 de maio, com a pausa parlamentar para a campanha das eleições europeias a ditar a ausência mais prolongada deste formato de discussão parlamentar.

Nessa ocasião, o debate foi aberto por uma intervenção inicial do primeiro-ministro, enquanto hoje começará com perguntas dos deputados do PSD, seguindo-se as das restantes bancadas por ordem decrescente da sua representatividade (PS, Chega, IL, BE, PCP, Livre, CDS-PP, PAN), num total de 116 minutos.

Este será o primeiro debate com Luís Montenegro no parlamento depois das eleições europeias, que o PS venceu com uma margem curta sobre a AD (coligação PSD/CDS-PP/PPM), menos de 40 mil votos e um ponto percentual, e em que o Chega caiu de 18% nas legislativas para 9,8%, mas mantendo-se como terceira força política.

Luís Montenegro já disse que este resultado “não mudou nada” para a governação e, nas últimas semanas, PSD e PS têm continuado a trocar acusações mútuas de falta de diálogo e críticas sobre quem faz alianças com o Chega.

A última semana ficou também marcada pela divulgação de escutas a conversas telefónicas entre o ex-primeiro-ministro António Costa e o então ministro das Infraestruturas João Galamba sobre a demissão da anterior presidente da TAP, e que levou o Ministério Público a abrir uma investigação a fugas de informação no processo Influencer.

O primeiro-ministro ainda não se pronunciou sobre este caso, que já levou o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a defender que a Procuradora-Geral da República deve explicações ao país, com o PAN a dar entrada de um requerimento formal para ouvir Lucília Gago no parlamento.

O debate quinzenal acontece dois dias depois de o INE ter divulgado que o setor das Administrações Públicas registou um défice de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, depois de Portugal fechou o ano de 2023 com um excedente de 1,2%, superando as previsões oficiais.

Na terça-feira, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um documento intitulado “Primeira fase da reforma da Administração Pública” que irá concentrar cerca de 40% dos membros do executivo a partir de segunda-feira no mesmo edifício (designado de Campus XXI, onde se situa a sede da Caixa Geral de Depósitos), reduzir em 25% o número de cargos dirigentes – mas com garantias de “preservação de postos de trabalho” – e determinar a obrigatoriedade de atendimento presencial em todos os departamentos do Estado.

Após o debate quinzenal, Luís Montenegro responderá ainda aos deputados no debate preparatório do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, um dia depois de um acordo preliminar entre as famílias políticas europeias para que António Costa seja o próximo presidente do Conselho Europeu, uma candidatura apoiada pelo Governo português.