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"Não estou disponível para servir de bode expiatório"

"Não estou disponível para servir de bode expiatório"
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 17 de junho de 2024, às 18:29

Disse o ex-secretário de Estado, sobre o Caso Gémeas

O ex-secretário de Estado António Lacerda Sales disse hoje não estar disponível para “servir de bode expiatório num processo político-mediático a qualquer custo” na comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas com medicamento Zolgensma.

“Não estou disponível para servir de bode expiatório num processo político-mediático a qualquer custo”, afirmou.

Lacerda Sales salientou que “nenhum membro do Ministério da Saúde pode ter interferência na marcação de consultas ou na administração de medicamentos”, criticando o relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e a auditoria do Hospital de Santa Maria.

“Eu não posso aceitar o relatório da IGAS e a auditoria do Hospital de Santa Maria. No entanto, apesar das suas limitações, a auditoria [do Santa Maria] concluiu bem que não houve qualquer favorecimento nestas crianças. As regras clínicas foram respeitadas. Ninguém passou à frente”, disse o ex-governante na intervenção inicial de 15 minutos antes de se remeter ao silêncio.

"O relatório IGAS mais parece uma tentativa de responder à pressão mediática", disse, acrescentado que a cronologia do caso começa antes de integrar o Governo.

O antigo secretário de Estado Adjunto e da Saúde recordou ainda que “tem um enorme orgulho em Portugal e no Serviço Nacional de Saúde", depois de 36 crianças, das quais 11 no Hospital de Santa Maria, terem recebido o tratamento com o medicamento Zolgensma, que “evitou a morte prematura” e deu “qualidade de vida às famílias”.