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Provas científicas confirmam a idade do "cão mais velho do mundo", garante o seu dono

Provas científicas confirmam a idade do "cão mais velho do mundo", garante o seu dono
Fotografia Redes sociais

Redação

Publicado em 09 de maio de 2024, às 19:30

Animal morreu em outubro do ano passado

O dono do cão português que chegou a ser considerado o mais velho do mundo, mas acabou por perder o título pelo Guinness World Records, garantiu ter provas científicas de que o animal tinha 31 anos quando morreu.

Segundo o tutor de Bobi, Leonel Costa, foram efetuadas análises de sanguam pelo e saliva do animal, que confirmaram que, na ocasião, faria 32 anos dentro de três dias, segundo a CNN Portugal.

O Guinness World Records, que produz o famoso Guinness Book, resolveu suspender os dois títulos de Bobi atribuídos em fevereiro de 2023, pelo menos enquanto estiverem a correr as investigações: o de cão vivo mais velho do mundo e o de cão mais velho de todos os tempos. 

Leonel Costa disse que os novos dados foram transmitidos ao Guinness, e garantiu que pretende levar o caso a tribunal para limpar o seu nome.

O Guardian lembrou que aquando da morte do rafeiro alentejano, aos 31 anos e cinco meses, em outubro do ano passado, as “homenagens foram rapidamente seguidas de escrutínio e suspeitas sobre a sua idade recorde”, equivalente a mais de 200 anos nos humanos.

Ao jornal, o veterinário Danny Chambres, membro do Royal College of Veterinary Surgeons, instituição do Reino Unido que regula a atividade de cirurgiões veterinários e representa 18 mil profissionais, afirmou que nenhum dos seus colegas veterinários acredita que Bobi tivesse realmente 31 anos quando morreu.

Ainda segundo o jornal inglês, alguns observadores notaram que as imagens de Bobi em 1999, sete anos após a data indicada como a do seu nascimento (1992), “mostravam que ele tinha patas de cores diferentes das do cão que morreu em Portugal a 21 de outubro de 2023”.

Por outro lado, veterinários sublinharam que embora a idade do cão estivesse registada na base de dados portuguesa de animais de estimação “tais entradas eram geralmente baseadas na autocertificação dos proprietários”. “E depois houve o teste genético, que confirmou que ele era velho, mas não forneceu uma idade precisa”, refere o Guardian, que cita ainda uma investigação jornalística “totalmente séria” sobre o caso, realizada pela revista de tecnologia norte-americana Wired.