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PS acusa Governo de querer colocar na Santa Casa alguém “mais domesticável” pelo PSD

PS acusa Governo de querer colocar na Santa Casa alguém “mais domesticável” pelo PSD
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 30 de abril de 2024, às 12:47

Segundo disse Tiago Barbosa Ribeiro, vice-presidente do Grupo Parlamentar do partido

O PS defendeu hoje que a exoneração da provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, tem como único objetivo colocar no cargo “pessoas mais politicamente alinhadas e domesticáveis” pelo Governo do PSD.

“O Governo está a criar um conjunto de casos que tem como único fundamento substituir pessoas que sejam mais politicamente alinhadas, mais domesticáveis pelo Governo PSD”, sustentou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Tiago Barbosa Ribeiro numa declaração aos jornalistas na sede dos socialistas no Porto.

Para o deputado socialista, é "isso que está em causa nestas e noutras atitudes, como foi o caso da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Tiago Barbosa Ribeiro considerou ainda que a decisão de exonerar Ana Jorge foi “profundamente radical, inusitada e preocupante”.

O Governo acusa a provedora exonerada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e os elementos da Mesa de “atuações gravemente negligentes” que afetaram a gestão da instituição, justificando desse modo a exoneração.

De acordo com o despacho hoje publicado em Diário da República (DR), que, no caso de Ana Jorge é assinado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro e pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho, toda a atual equipa de gestão da SCML termina as funções a partir de hoje.

Ana Jorge tomou posse em 02 de maio de 2023, escolhida pelo anterior Governo socialista de António Costa, e herdou uma instituição com graves dificuldades financeiras, depois dos anos de pandemia e de um processo de internacionalização dos jogos sociais, levado a cabo pela administração do provedor Edmundo Martinho, que poderá ter causado prejuízos na ordem dos 50 milhões de euros.