De acordo com um comunicado enviado hoje às redações pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte, que acompanha a publicação do boletim Norte - UE (União Europeia), foram aprovadas cerca de 40 mil operações referentes ao período de programação 2014-2020, cujas candidaturas correspondem a "15.774 e a 10.707 milhões de euros de investimento elegível e de fundos comunitários aprovados, respetivamente, permitindo execução de 8.319 milhões de euros de fundos comunitários até ao final do primeiro semestre de 2023".
Comparativamente com os números do semestre anterior, de acordo com o boletim, "regista-se uma redução de 3.353 operações aprovadas (-8%), de 268 milhões de euros (-2%) de investimento elegível aprovado e de 194 milhões de euros (-2%) de fundos comunitários aprovados", algo justificado pelo "progressivo esvaziamento do 'overbooking'", o processo de candidaturas que excede os fundos disponíveis, de forma a não haver desperdício de fundos europeus.
"Em contrapartida, regista-se um acréscimo de 485 milhões de euros de fundos comunitários executados (+7%)", assinala a entidade liderada por António Cunha.
No comunicado de hoje, a CCDR assinala que "com o aproximar do encerramento do período de programação 2014-20, o Norte de Portugal diminui cada vez mais a diferença entre os montantes aprovados e executados em todos os programas operacionais", já que "a diferença entre a taxa de realização de todos os programas operacionais da Política de Coesão (78%) e a do NORTE 2020 (77%) situava-se em apenas 1 ponto percentual".
As sub-regiões do Tâmega e Sousa, do Alto Tâmega e do Douro "constituem os territórios com maior peso no que diz respeito aos apoios do Norte 2020", mas a "relação tende a ser inversa nos restantes programas operacionais (temáticos), tendendo a assumir os apoios do Compete 2020 (27%), por exemplo, maior importância em territórios com maior dinamismo económico, como o Ave (34%), o Cávado (30%) ou a Área Metropolitana do Porto (34%)".
O Norte, "apesar de se tratar da região NUTS II com menor PIB por habitante do país, apresenta montante de aprovações por habitante mais reduzido (2.985 euros) do que o Centro (3.307) e o Alentejo (3.691)" aponta a CCDR-Norte.
"O Alentejo dispõe de maior volume de apoios por habitante, enquanto o Centro é a região que beneficia mais em termos relativos (por habitante) dos programas temáticos. Esta situação tende a agravar-se ao nível das sub-regiões (NUTS III) das regiões (NUTS II) menos desenvolvidas do continente, penalizando princípios de promoção da coesão territorial", considera a instituição presidida por António Cunha.