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Maioria dos proprietários acredita que Governo vai limitar aumentos de rendas

Maioria dos proprietários acredita que Governo vai limitar aumentos de rendas
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 16 de agosto de 2023, às 15:43

Segundo um inquérito que contou com as respostas de 250 senhorios.

A grande maioria dos proprietários com casas arrendadas acredita que o Governo vai voltar a limitar os aumentos de renda em 2024. A conclusão chega de um inquérito da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), realizado entre 7 e 15 de agosto.

“[…] Mais de 92% dos senhorios inquiridos acreditam que o Governo vai voltar a impedir que as rendas sejam atualizadas nos termos da lei", indicou, em comunicado, a associação, acrescentando que, em 2024, "será seguramente superior a 7%”. Quase metade dos proprietários defendeu que, se o Governo voltar a intervir nesta matéria, “irá fazer uma reflexão sobre a sua continuidade neste mercado”.

Por sua vez, 42,4% disse que a sua confiança ficará abalada, mas “já estão habituados a este tipo de arbitrariedades”. Ainda no que se refere à atualização das rendas, 5% utilizam outras formas como coeficientes percentuais ou aumentos pré-estabelecidos, enquanto menos de 1% têm contratos de arrendamento de curta duração não renováveis.

Para 37% dos proprietários, as perdas de rendimentos e absorção do impacto da inflação não devem recair sobre eles, pelo segundo ano consecutivo. Assim, defendem que deve ser o Governo a conceder subsídios aos inquilinos carenciados “que não consigam suportar os aumentos da inflação legal sobre o valor da sua renda”. De acordo com a mesma nota, 19,4% dos inquiridos consideram que o Governo deve sentar-se à mesa com os representantes dos proprietários e inquilinos para estabelecer um acordo sobre a atualização das rendas para 2024.

A solução do crédito fiscal, a atribuir aos senhorios, para as perdas pode ser mantida para 16% dos proprietários e 14,2% sugerem um crédito fiscal idêntico em sede de IRS para os inquilinos para compensar o aumento da renda pela inflação. “A atualização das rendas para 2024 é mais uma incerteza que paira no arrendamento […]. Milhares de senhorios portugueses foram os únicos agentes económicos que sofreram fixação de preços e só vão ser ressarcidos parcialmente do brutal aumento do custo de vida de 2023 no IRS de 2024, com o crédito fiscal anunciado que, como a ALP denunciou, não cobre integralmente as perdas”, afirmou, citado na mesma nota, o presidente da associação Luís Meneses Leitão.

Este inquérito contou com as respostas de 250 senhorios.