O comunicado emitido pelo JCS não especificou o número exato de bombardeiros estratégicos B-1 do Pentágono, mas com esta ação os aliados procuram dar uma resposta rotunda à Coreia do Norte, uma vez que Washington muitas vezes utiliza apenas um bombardeiro deste tipo na península quando pretende emitir um aviso ao regime de Kim Jong-un.
Em 2017, no auge da escalada de tensões entre a Coreia do Norte e o antigo presidente dos EUA Donald Trump, o Pentágono enviou dois aviões, tal como fez no início de novembro passado, depois de Pyongyang ter disparado mais de 30 mísseis em três dias.
O Exército norte-coreano realizou no sábado um “lançamento repentino” do míssil e que disparou de um ângulo muito pronunciado, segundo a agência oficial KCNA, que indicou que o míssil balístico intercontinental (ICBM) foi um Hwasong-15, o míssil com segundo maior alcance potencial do seu arsenal e que utilizou pela primeira vez em 2017.
O ensaio, que ocorreu às 17h22 de sábado (hora local), “foi organizado de forma repentina sem aviso prévio”, com base “numa ordem de emergência emitida na madrugada de 18 de fevereiro”.
Segundo a KCNA, o projétil percorreu 989 quilómetros durante 1.015 segundos (uma hora e seis minutos) e alcançou um apogeu de 5.768,5 quilómetros, dados que coincidem com as revelações no sábado dos exércitos sul-coreano e japonês.
A Coreia do Norte apenas tinha testado o Hwasong-15 uma vez, em novembro de 2017 e em plena escalada de ameaças verbais entre Pyongyang e Donald Trump.
O texto da agência noticiosa norte-coreana também argumenta que “as ameaças militares”da Coreia do Sul e dos EUA “estão a ficar muito sérias, ao ponto de não poderem ser ignoradas”.
Na sexta-feira, Pyongyang ameaçou com uma resposta “sem precedentes” às manobras militares anuais de primavera que Seul e Washington começaram a preparar para março, e que o regime qualificou de “preparativos para uma guerra de agressão”.
Em 2022, a Coreia do Norte realizou um número recorde de lançamento de mísseis, cerca de meia centena, em muitos casos em resposta a manobras conjuntas dos dois aliados e ao reforço da presença estratégica dos EUA na península.
Autor: Agência Lusa