twitter

Europa com crescente aumento de casos mas estável taxa de mortalidade

Europa com crescente aumento de casos mas estável taxa de mortalidade
Fotografia

Publicado em 14 de janeiro de 2022, às 15:46

Atualização semanal do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças.

A Europa registou, na semana passada, um “elevado e crescente” número de casos de covid-19, uma situação “muito preocupante”, apesar da estável taxa de mortalidade, anunciou hoje o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). Numa atualização semanal sobre a situação epidemiológica na União Europeia e Espaço Económico Europeu (UE/EEE), hoje divulgada e referente à semana de 03 a 09 de janeiro, a agência europeia fala numa “elevada e crescente taxa de notificação de casos e uma elevada, mas estável, taxa de mortalidade”. “Foi observada uma situação epidemiológica bastante ou muito preocupante em 28 países da UE/EEE. Esta situação é em grande parte motivada pela propagação crescente da variante de preocupação Ómicron”, assinala o ECDC. Segundo o ECDC, a Ómicron já está presente em todos os países da UE/EEE, tendo uma prevalência média estimada de 46,4%, “o dobro do que na semana anterior”, com os países a registarem percentagens entre 1,1% e 98,5% no que toca à dominância desta estirpe, altamente contagiosa. Em termos concretos, a taxa de notificação a 14 dias de casos de covid-19 foi de 2.008 por 100 mil habitantes na semana de 03 a 09 de janeiro na UE/EEE, com os países a registarem um intervalo de 227,6 a 5.572. De acordo com o ECDC, o maior número de casos foi verificado em pessoas entre os 15 e 24 anos seguidas pelas de 25 a 49 anos e pelas de idade inferior a 15 anos. No que toca à taxa de mortalidade a 14 dias associada à covid-19, fixou-se em 49,2 por milhão de habitantes nesta semana, com um intervalo entre os países de 10,2 a 142,7. Segundo a agência europeia, “esta taxa de mortalidade tem-se mantido estável durante sete semanas”, após um máximo registado na semana de 30 de novembro a 06 de dezembro, de 115 por milhão de habitantes. Relativamente aos internamentos, a taxa de taxa de admissão hospitalar para a UE/EEE na semana de 03 a 09 de janeiro foi de 15,4 por 100 mil habitantes, num intervalo entre os países de 2,4 a 37,3. Esta taxa relativa aos internamentos “aumentou durante duas semanas”, de acordo com o ECDC. Já no que se refere à entrada nos cuidados intensivos, a taxa foi de 1,9 por 100 mil habitantes de 03 a 09 de janeiro, com um intervalo entre os países de 0,5 a 8,4, e tem-se “mantido estável há seis semanas”. A Europa enfrenta assim um elevado ressurgimento de casos de infeção com o SARS-CoV-2, sendo que a contribuir para estas acentuadas taxas, que batem máximos, está a elevada transmissibilidade da variante Ómicron. O ECDC especifica que os países onde esta variante do SARS-CoV-2 é mais dominante incluem a Finlândia (99,8%), Bélgica (99,7%) e Dinamarca (95,8%). Em Portugal, na última semana do ano, a Ómicron representava 77,2% dos casos de covid-19, segundo os dados fornecidos ao ECDC e hoje divulgados. Apesar de as evidências preliminares indicarem que a Ómicron “tem uma apresentação clínica menos grave do que a Delta”, o centro europeu ressalva ser “ainda demasiado cedo para fazer uma avaliação completa da gravidade”. Ainda assim, pela sua elevada disseminação, o nível global de risco para a saúde pública relacionado com esta variante na UE/EEE é “muito alto”, adianta o ECDC, pedindo aos países europeus “ação urgente e forte para reduzir a transmissão, manter a carga sobre os sistemas de saúde controlável e proteger os mais vulneráveis nas próximas semanas”, bem como para aumentar os níveis de vacinação anticovid-19.
Autor: Redação/Lusa