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Crescer em contacto com animais reduz o risco de alergias

Crescer em contacto com animais reduz o risco de alergias
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 28 de novembro de 2024, às 10:14

Segundo um estudo

As crianças que crescem com animais de estimação ou em ambientes de criação de animais têm menos probabilidade de desenvolver alergias, devido ao contacto precoce com bactérias anaeróbias comuns nas mucosas do corpo humano.

As conclusões constam de um estudo da Universidade de Gotemburgo (Suécia) publicado na revista Plos One, noticiou na quarta-feira a agência Efe.

O estudo do microbioma intestinal envolveu 68 crianças suecas, das quais 28 viviam no ambiente de uma exploração leiteira, e 40 possuíam animais de estimação.

Foram recolhidas amostras de fezes destas crianças desde os três dias de idade até aos 18 meses, e através das mesmas foi realizada uma cultura microbiana que permitiu a caracterização da composição da microbiota intestinal, com dados que incluíram taxas de colonização bacteriana e contagens populacionais de grupos bacterianos.

Os resultados mostraram que as crianças que cresceram em ambientes de explorações leiteiras tiveram uma maior proporção de bactérias anaeróbias na primeira semana.

No entanto, apresentaram menores proporções da bactéria 'Escherichia coli' nos primeiros meses de vida e uma colonização menos frequente por 'Clostridioides difficile' aos 12 meses de idade.

Por sua vez, a presença de animais domésticos no domicílio esteve associada a uma colonização mais frequente pelas bactérias 'Bifidobacterium', 'Lactobacillus' e 'Bacteroides' nos primeiros meses de vida.

Os investigadores relacionaram a colonização precoce das mucosas pelas bactérias 'Bifidobacterium', 'Lactobacillus' e 'Bacteroides', e a menor presença da bactéria 'Clostridioides difficile' entre os 4 e os 12 meses de idade com o menor desenvolvimento subsequente de alergias.

Para chegar a esta conclusão, os pediatras acompanharam o desenvolvimento de alergias nas crianças participantes no inquérito dos 3 aos 8 anos e verificaram que era menor em comparação com os dados das crianças que não tiveram contacto com animais.