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OMS anuncia financiamento de 1,5 mil milhões de dólares para saúde primária

OMS anuncia financiamento de 1,5 mil milhões de dólares para saúde primária
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 24 de setembro de 2024, às 11:49

A OMS e três bancos multilaterais de desenvolvimento lançaram uma plataforma de financiamento da saúde primária de 1,5 mil milhões de dólares (1,17 mil milhões de euros), a par de planos de investimento em 15 países, incluindo a Guiné-Bissau.

A parceria entre a Organização Mundial da Saúde (OMS), os bancos Africano, Europeu e Islâmico de Desenvolvimento (BAD, BEI e BID) e os países de baixo e médio rendimento foi assinada esta segunda-feira em Nova Iorque, à margem da Cimeira do Futuro das Nações Unidas.

O acordo resulta na criação de uma nova Plataforma de Investimento de Impacto na Saúde, que dará resposta à "necessidade crítica de esforços coordenados para reforçar os cuidados de saúde primários em comunidades vulneráveis", assim como às "ameaças pandémicas como a varíola e a crise climática", anunciou a OMS, através de um comunicado.

Ao mesmo tempo, um conjunto de 15 países – Burundi; República Centro-Africana; Comores; Djibuti; Egito; Etiópia; Guiné-Bissau; Jordânia; Maldivas; Jordânia; Senegal; Sudão do Sul; Gâmbia; Tunísia; e Zâmbia - acordaram dar início a planos de investimento, que absorverão "uma parte significativa do esforço de financiamento".

A plataforma – anunciada há um ano na Cimeira para um Novo Pacto Mundial de Financiamento, em Paris - dará "prioridade a oportunidades de investimento que satisfaçam as necessidades nacionais de saúde", e desbloqueará "empréstimos e subvenções em condições favoráveis para expandir e melhorar os serviços de cuidados de saúde primários" nesses países, explica-se no comunicado.

Numa avaliação anterior à pandemia de covid-19, a OMS estimou que, para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas relacionados com a saúde, os países de rendimento baixo e médio-baixo precisavam de mais 371 mil milhões de dólares americanos (por ano, em conjunto, até 2030.

A plataforma "será uma fonte vital de novos financiamentos para a criação de cuidados de saúde primários resistentes às alterações climáticas e às crises em alguns dos países que mais precisam deles", sublinhou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, citado no comunicado.

"A OMS agradece aos bancos multilaterais de desenvolvimento pela parceria e estamos empenhados em trabalhar em estreita colaboração com os países para pôr estes fundos a funcionar e começar a fazer a diferença nas comunidades que servimos", acrescentou.