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Neutralidade climática em 2050 requer mais 40 biliões de euros de investimento

Neutralidade climática em 2050 requer mais 40 biliões de euros de investimento
Fotografia Pexels

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 30 de janeiro de 2024, às 10:53

A União Europeia (UE) precisa de investir 40 biliões de euros para atingir a neutralidade climática até 2050, mantendo a competitividade dos 27 em comparação com o resto do mundo, sugere um relatório divulgado hoje.

 

O relatório do Instituo Rousseau, que envolveu “analistas de toda a Europa”, indica que são necessários “40 biliões de euros para colocar a UE no caminho para a neutralidade climática, mantendo-se em simultâneo na corrida global da competitividade, em linha com a agenda da autonomia estratégica da UE”.

O estudo dá conta de que os governos dos 27 Estados-membros “têm de canalizar financiamento novo para os capitais 'verdes'”, aumentando em 2,3% o Produto Interno Bruto (PIB) da UE, para “desbloquear os benefícios da transição climática”.

A despesa pública tem de “duplicar de 250 mil milhões de euros para 510 mil milhões de euros por ano para catalisar o investimento privado e as soluções financeiras de descarbonização”.

Guillaume Kerlero, diretor para a transição ecológica do Instituto Rousseau e responsável do projeto, referiu que o estudo apresentou “níveis detalhados sem precedentes sobre a necessidade de investimento adicional, em particular no setor público”.

“Os números podem parecer significativos, mas o investimento na transição 'verde' é uma ação financeira lógica, sendo apenas uma fração daquilo que os governos da UE dispensaram para os planos de recuperação da covid-19 e apoios aos combustíveis fósseis”, acrescentou.

“A escolha é muito simples. Podemos falhar os objetivos da transição [climática] e delinear o caminho para um futuro incerto. Continuaremos a gastar o dobro do investimento necessário para a transição na importação de combustíveis fósseis, ou podemos planear com responsabilidade, que vai resultar em centenas de milhares de empregos, melhorar a nossa soberania e balanço comercial”, concluiu.