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Covid-19: OMS queixa-se que países estão a subnotificar óbitos e hospitalizações

Covid-19: OMS queixa-se que países estão a subnotificar óbitos e hospitalizações
Fotografia Lusa

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 09 de agosto de 2023, às 16:49

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu hoje aos países para não baixarem o alerta sobre a covid-19, pese embora as melhorias, queixando-se que estão a ser subnotificados óbitos e hospitalizações.

 

Segundo a OMS, apenas 25% dos países no mundo reportaram em julho mortes por covid-19 e 11% comunicaram hospitalizações e entradas nas unidades de cuidados intensivos.

"Não significa que os restantes países tenham deixado de ter mortes e hospitalizações, apenas não as notificaram", advertiu hoje, na conferência de imprensa regular da OMS, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Para Ghebreyesus, apesar de "o risco de morte e casos graves" ser "menor do que há um ano", devido à crescente imunização da população, a OMS "continua a considerar alto o risco da covid-19 na saúde pública".

"O vírus continua a circular em todos os países, continua a matar e a mutar", alertou, assinalando, cauteloso, que "persiste o risco de surgir uma variante perigosa que possa causar um aumento repentino dos contágios e dos casos mortais".

A OMS declarou em maio o fim da covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional, mas, de acordo com o diretor-geral, um comité de peritos continua a reunir-se periodicamente para analisar a resposta ao vírus SARS-CoV-2, na origem da covid-19.

Seguindo as recomendações deste comité, Tedros Adhanom Ghebreyesus apelou hoje aos Estados-membros da OMS para que mantenham determinadas medidas de prevenção, como a imunização de grupos de risco, e informem a organização sobre os óbitos e hospitalizações.

A OMS contabilizou, desde o início da pandemia, em 2020, mais de 768 milhões de infetados no mundo e 6,9 milhões de mortos.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado em finais de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

Desde 11 de março de 2020 que a covid-19 é uma pandemia.