Segundo a OMS, apenas 25% dos países no mundo reportaram em julho mortes por covid-19 e 11% comunicaram hospitalizações e entradas nas unidades de cuidados intensivos.
"Não significa que os restantes países tenham deixado de ter mortes e hospitalizações, apenas não as notificaram", advertiu hoje, na conferência de imprensa regular da OMS, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Para Ghebreyesus, apesar de "o risco de morte e casos graves" ser "menor do que há um ano", devido à crescente imunização da população, a OMS "continua a considerar alto o risco da covid-19 na saúde pública".
"O vírus continua a circular em todos os países, continua a matar e a mutar", alertou, assinalando, cauteloso, que "persiste o risco de surgir uma variante perigosa que possa causar um aumento repentino dos contágios e dos casos mortais".
A OMS declarou em maio o fim da covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional, mas, de acordo com o diretor-geral, um comité de peritos continua a reunir-se periodicamente para analisar a resposta ao vírus SARS-CoV-2, na origem da covid-19.
Seguindo as recomendações deste comité, Tedros Adhanom Ghebreyesus apelou hoje aos Estados-membros da OMS para que mantenham determinadas medidas de prevenção, como a imunização de grupos de risco, e informem a organização sobre os óbitos e hospitalizações.
A OMS contabilizou, desde o início da pandemia, em 2020, mais de 768 milhões de infetados no mundo e 6,9 milhões de mortos.
A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado em finais de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.
Desde 11 de março de 2020 que a covid-19 é uma pandemia.