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Chefe da diplomacia europeia apela a países da UE para acelerar entrega de armas à Ucrânia

Chefe da diplomacia europeia apela a países da UE para acelerar entrega de armas à Ucrânia
Fotografia LUSA/EPA/OLIVIER MATTHYS

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 13 de maio de 2023, às 14:55

O pedido vem depois do Governo britânico anunciar, na quinta-feira, um fornecimento de mísseis de cruzeiro Storm Shadow.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelou este sábado aos estados da União Europeia (UE) para acelerarem as entregas de armas às forças ucranianas e fornecerem munições de artilharia de grande porte para responder aos disparos russos.

"Os ucranianos têm necessidades específicas. Os russos bombardeiam-nos de longe, pelo que devem ter a capacidade de responder à mesma distância", disse, após um encontro com o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kouleba, em Estocolmo.

O Governo britânico anunciou na quinta-feira um fornecimento de mísseis de cruzeiro Storm Shadow.

Moscovo considerou esta decisão "extremamente perigosa", uma vez que estas armas podem atingir uma distância de 500 quilómetros.

"Os principais temas da minha conversa com os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, hoje, serão as munições de artilharia de longo alcance e as propostas de adesão a curto prazo", afirmou o ministro ucraniano, convidado a juntar-se à reunião dos seus homólos europeus e dos países da região Indo-Pacífico.

"Em vez de perguntarem quando vai começar a contra-ofensiva, todos devem questionar-se se fizeram o suficiente para que a contra-ofensiva ucraniana comece e seja coroada de sucesso", declarou, antes do encontro com Josep Borrell.

"Dmytro Kouleba explicou-nos a situação no terreno. Na região de Bakhmut (este, epicentro dos combates com as forças russas, onde a Ucrânia reivindica avanços), a Ucrânia precisa de cerca de mil obuses de artilharia por dia (…) isto dá uma ideia da intensidade dos combates", comentou o chefe da diplomacia europeia.

"Fornecemos armas e munições, mas devemos acelerar a entrega e reconstituir os nossos stocks", insistiu, saudando a ajuda militar a Kiev de 2,7 mil milhões de euros acordada pela Alemanha.

"Se não fornecermos, a Ucrânia não poderá defender-se", sublinhou.

O facto de a Ucrânia não ter recuperado a soberania sobre todo o território não é motivo para aretardar, sustentou.

"Chipre foi aceite como membro sem ter recuperado integralmente o território e a questão permanece aberta", lembrou a propósito. A ilha está dividida em duas partes e o norte continua sob domínio turco.