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Ucrânia: Primeiro-ministro ucraniano pede a empresas portuguesas que invistam no país

Ucrânia: Primeiro-ministro ucraniano pede a empresas portuguesas que invistam no país
Fotografia DR

Redação/Lusa

Publicado em 03 de maio de 2023, às 13:01

O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, apelou hoje às empresas portuguesas para que invistam no país, para ajudarem na reconstrução do país após a guerra.

Shmygal manteve hoje um encontro com o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, com quem abordou a futura operação de reconstrução de um país devastado pelos efeitos da invasão russa.

"Convidei as empresas portuguesas a investirem agora no nosso país, porque a recuperação da Ucrânia será o maior projeto desde a Segunda Guerra Mundial", disse Shmygal, que admitiu esperar o apoio de Lisboa para a "integração europeia da Ucrânia e para as aspirações de uma integração euro-atlântica".

O chefe do Governo ucraniano expressou ainda a sua gratidão às autoridades portuguesas pelo apoio financeiro, humanitário e de sanções contra a Rússia.

"Agradecemos a pronta transferência de armas e equipamentos, bem como o treino do nosso Exército", disse Shmygal.

Santos Silva – que lidera uma delegação parlamentar portuguesa de visita a Kiev - destacou a vontade de Lisboa de apoiar o alargamento da coligação de países que apoia a Ucrânia com a inclusão de nações africanas e latino-americanas que, de alguma forma, se possam sentir mais distantes do conflito no leste da Europa.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.