Foi apenas um «dia não». É desta forma, sucinta e pragmática, que Hugo Xavier comenta a primeira derrota do Sandinenses na Pró-Nacional da AF Braga (série B). A equipa segue na liderança, é bom lembrar, e o primeiro dissabor aconteceu apenas à 13.ª jornada da competição, na receção ao GD Joane, num 0-2 desfavorável aos vimaranenses.
Para o técnico do Sandinenses, foi somente um jogo que «correu mal» e que em nada belisca o que foi feito anteriormente pelo grupo de trabalho desde o início da temporada.
«Estou extremamente orgulhoso destes jogadores, que são os mesmos que passaram uma volta do campeonato sem qualquer derrota. São jogadores que merecem tudo pela forma como trabalham diariamente», disse Hugo Xavier.
O jogo acabou por ser inglório para o Sandinenses e Hugo Xavier reconheceu a justiça do resultado negativo, num dia que, expressou, iria chegar «mais cedo ou mais tarde».
«Houve muito mérito do GD Joane e muito demérito da nossa parte. Não fomos o que normalmente somos, mas cedo ou mais tarde ia acontecer isto. Não tivemos bola na primeira parte, o Joane foi melhor, sofremos dois golos de parada na segunda parte, nada normal na nossa equipa, e foi este o resumo do jogo. Foi um dia não nosso e um dia sim do adversário, que venceu de forma justa», declarou.
«Estamos bem»
Pese embora a natural insatisfação pelo resultado da jornada passada, Hugo Xavier é perentório em afirmar que o grupo continua «bem» e que «nada» vai mudar com este desaire, o primeiro desde o início da temporada.
«Estamos bem. Queríamos retardar a derrota o mais possível e esse resultado serve de alerta, mas a crença, o orgulho, a qualidade e a atitude dos atletas permanecem inabaláveis. Continuamos líderes, com uma distância de quatro pontos [para o Ribeirão] e resta-nos trabalhar bem, analisar o que esteve menos bem e seguir em frente. O futebol também é bonito por isto», referiu.
Com 32 pontos somados em 13 jogos da Pró-Nacional da AF Braga, o Sandinenses tem como principal objetivo terminar a fase regular nos quatro primeiros lugares da série B. E, segundo Hugo Xavier, acabar abaixo dessas posições, que garantem de imediato a permanência, será «um fracasso».
«Sim, admito que ficar abaixo dos quatro primeiros lugares será um falhanço. Se não conseguirmos isso é, realmente, uma época falhada», testemunhou Hugo Xavier.
Autor: José Costa Lima