Luís Campos, natural de Fão e atual conselheiro de futebol do Paris Saint-Germain, recebeu, há duas semanas, na Gala do Desporto de Esposende, o Prémio Paulo Gonçalves. «Honrado» com a distinção, o esposendense esteve à conversa com o Diário do Minho sobre a atualidade, com o Mundial-2022 e o mercado de Inverno já como "pano de fundo".
«O mercado de Inverno vai depender muito do que se vai passar no Mundial do Qatar. Espero que não aconteçam lesões graves e, se tal não suceder, não prevejo grandes alterações», revelou, ao DM, o homem responsável pela organização, recrutamento e desempenho da equipa campeã de França e um dos mais reconhecidos diretores desportivos e empresários na área da consultadoria desportiva mundial.
Incrível país com "só" 10 milhões de habitantes e uma seleção de «enorme qualidade»
«Sempre atento» ao que se passa no futebol português, ainda mais porque o PSG esteve «no grupo do Benfica na Liga dos Campeões», Luís Campos elogia a capacidade de Portugal em "produzir" talento e ter clubes, e também uma seleção nacional, nas melhores competições. E, claro, jogadores «de enormíssima qualidade».
«Portugal continua a ser incrível porque é um país de 10 milhões de habitantes mas tem uma seleção que está entre as 10 melhores do Mundo e tem dos melhores jogadores do Mundo. É um feito extraordinário deste país e algo que me "enche" de orgulho», finalizou Luís Campos.
«Construi a carreira com muito trabalho»
Foi com grande emoção que Luís Campos subiu ao palco da 12.ª Gala do Desporto de Esposende para receber o Prémio Paulo Gonçalves, um dos mais importantes galardões da noite.
«Muito obrigado à Câmara de Esposende por este reconhecimento. É um enorme orgulho receber este prémio, ainda por cima na vila de Fão, onde nasci e, sobretudo, por este prémio com o nome do Paulo (Gonçalves), uma pessoa extraordinária que tive a felicidade de conhecer. Para mim ainda tem, por isso, mais significado e importância. Ainda dei umas voltas de bicicleta com ele», contou, emocionado, o "homem-forte" do futebol do Paris Saint-Germain.
«Faz 12 anos que deixei Portugal. Estão aqui alguns colegas professores e talvez alguns ex-alunos. Dei aulas nas escolas de Esposende e Apúlia e trabalhei na AD Esposende e no CF Fão. Construi a minha carreira com muito trabalho, sacrifício e por dedicação ao desporto, especialmente ao futebol. E contei com a ajuda de muita gente. Quero, aqui, publicamente, dizer "obrigado" a quem me ajudou», destacou Luís Campos.
Autor: Pedro Vieira da Silva