Paulo Gonçalves, segundo da edição de 2015 e que disputava o seu 13.º Dakar, caiu ao quilómetro 276 da especial.
De acordo com a informação da Amaury Sport Organization (ASO), o alerta foi dado às 10:08 horas locais, menos três em Lisboa.
Foi enviado de imediato um helicóptero que chegou junto do piloto às 10:16, tendo encontrado Paulo Gonçalves inconsciente e em paragem cardio-respiratória.
"Depois de várias tentativas de reanimação no local, o piloto foi helitransportado para o hospital de Layla, onde foi confirmada a morte", lê-se.
Paulo Gonçalves participava no Dakar pela 13.ª vez desde 2006, ano de estreia na prova.
Foi segundo classificado em 2015, atrás do espanhol Marc Coma, o seu melhor resultado, depois de já ter sido campeão mundial de ralis cross-country em 2013.
Ocupava a 46.ª posição das motas à partida para esta etapa.
Os pilotos portugueses António Félix da Costa (Fórmula E) e Miguel Oliveira (MotoGP) lamentaram hoje a morte do ‘motard’ Paulo Gonçalves (Hero), que morreu na sequência de uma queda na 7.ª etapa do rali Dakar"Descansa em paz, guerreiro Paulo. O desporto e Portugal ficam hoje mais pobres. Até sempre, Campeão!", escreveu Félix da Costa na rede social Facebook, acompanhando a publicação com uma fotografia do piloto de Esposende.Já Miguel Oliveira disse que Paulo Gonçalves deixou "uma marca profunda na vida de quem teve o privilégio de se cruzar” consigo. “A tua coragem e valentia são exemplos para todos nós. DEP [Descansa em paz]", escreveu na mesma rede social o piloto de MotoGP. Paulo Gonçalves (Hero) faleceu hoje na sequência de uma queda durante a sétima de 12 etapas da 42.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, na Arábia Saudita. Também o presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), o português Jorge Viegas, considerou hoje, em declarações à Agência Lusa, que "o motociclismo português está de luto muito carregado" na sequência da morte de Paulo Gonçalves no Rali Dakar.
"Não posso estar mais triste. Era um piloto que adorava e que conhecia desde pequenino. Era um exemplo como piloto e como pessoa", começou por dizer Jorge Viegas à Lusa.O antigo presidente da Federação de Motociclismo de Portugal revelou ter sido acordado por David Castera, o diretor da prova. “Disse-me que o encontraram já morto. Foi em reta, o que é estranho. Não sabem o que aconteceu", contou. O presidente da FIM aproveitou para "endereçar mais sentidos pêsames à família". “O motociclismo português está de luto muito carregado. O Paulo era sempre uma alegria onde chegava e era muito boa pessoa", concluiu Jorge Viegas.
Autor: Redação / NC