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Elmer Moller é o novo campeão do Braga Open

Elmer Moller é o novo campeão do Braga Open
Fotografia DR

Publicado em 06 de outubro de 2024, às 14:24

Dinamarquês de 21 anos conquistou o primeiro título Challenger da carreira

Elmer Moller é o novo campeão do Braga Open, torneio do ATP Challenger Tour organizado pela Federação Portuguesa de Ténis e pelo Clube de Ténis de Braga com o apoio da Câmara Municipal de Braga que permitiu ao jovem dinamarquês de 21 anos conquistar o título mais importante da carreira.

 Na final deste domingo, jogada nos campos cobertos como quase todo o torneio, Elmer Moller (231.º ATP) superou o mais experiente e cotado Daniel Elahi Galan (127.º, ex-56.º) com os parciais de 6-4 e 7-6(4).

 O primeiro encontro entre ambos foi resolvido em 1h43 e deu ao jovem natural de Arhus um sétimo título na carreira, terceiro em 2024, mas claramente o maior de todos, visto tratar-se de um primeiro no circuito secundário do ténis profissional masculino.

 Vindo da fase de qualificação, o semifinalista do Del Monte Lisboa Belém Open da semana passada (na altura como lucky loser) somou o décimo triunfo nesta quinzena em Portugal e nesta semana não perdeu qualquer set, batendo tenistas da craveira de Frederico SilvaVit Kopriva (sétimo cabeça de série), Albert Ramos-Vinolas (sexto favorito e ex-top 20) e no encontro decisivo o quinto pré-designado e antigo top 60.

 Moller, de modo geral, foi o melhor servidor na final (apesar do colombiano ter disparado oito áses, mais seis, e ter no serviço uma das melhores armas) e apenas consentiu um ponto de break em todo o compromisso. E, ao contrário das duas finais Challenger anteriores, o dinamarquês confirmou o primeiro parcial e neste caso sem necessitar de um terceiro set. Para tal, precisou de recuperar de 0-3 no tie-break para vencer sete dos derradeiros oito pontos do duelo.

 “Estou muito feliz com a forma como fui psicologicamente consistente ao longo da semana. Senti-me muito bem e tentei não me preocupar demasiado com as condições ou quando alguma coisa não me corria muito bem. Mantive-me muito sólido e isso simplificou tudo”, reconheceu na derradeira conferência de imprensa, já de troféu nas mãos e com a estreia no top 200 do ranking ATP assegurada.

 "Não vim com grandes expetativas, mas sim para dar o meu melhor e tornaram-se duas semanas incríveis. Estou muito feliz, mas também um pouco cansado", acrescentou depois de uma final em que considerou essencial ter “jogado muito agressivo e servido melhor do que tenho servido.”

 Elmer Moller sucedeu a Pedro Sousa (2018), João Domingues (2019), Thiago Monteiro (2021), Nicolas Moreno de Alboran (2022) e Oriol Roca Batalla (2023) na galeria de campeões do Braga Open, que foi o oitavo de nove torneios Challenger do ano a acontecer em Portugal.

 Francisco Cabral regressa aos títulos no Braga Open

 Entretanto, ontem, Francisco Cabral voltou a vencer o Braga Open em pares e celebrou a conquista do 12.º título da carreira no ATP Challenger Tour.

 Ao lado de Theo Arribage, o tenista português colocou um ponto final no jejum de títulos que se prolongava há um ano e meio ao vencer o italiano Marco Bortolotti e o israelita Daniel Cukierman por 6-3 e 6-4.

 Na primeira vez a competir em conjunto, Cabral e Arribage venceram na cidade dos arcebispos só cedendo o primeiro parcial de toda a competição. A partir desse momento, os segundos cabeças de série mostraram toda a superioridade, quer em recinto coberto (primeira ronda e final), quer no court central, ao ar livre, do Clube de Ténis de Braga.

 Na decisão do passado  sábado, a dupla luso-francesa necessitou de inverter uma desvantagem de 4-1 no segundo set para triunfar em 80 minutos frente a um dos campeões desta prova há um ano (Bortolotti) e um dos titulares da edição inaugural da CT Porto Cup — Cukierman derrotou Arribage nessa final.

 O número um nacional de pares (91.º e ex-45.º) o segundo título no Braga Open (em 2021 venceu ao lado de Nuno Borges) é sinónimo do 27.º troféu da carreira (12.º no circuito Challenger), mas primeiro desde abril de 2023 naquela que foi a primeira final desde novembro do ano passado.

 Para Arribage (70.º da variante), o segundo troféu consecutivo em Portugal — vem de vencer o Del Monte Lisboa Belém Open — trata-se do 17.º da galeria, nono no circuito secundário e sexto da temporada em 12 decisões, quatro delas no nosso país.

 “Não era segredo nenhum que queria ganhar o torneio, queria ganhar um título. Já era muito tempo sem ganhar, apesar de não pôr essa pressão em mim mesmo, queria apenas voltar a desfrutar e jogar com um sorriso na cara. Isso aconteceu, estou super contente e espero continuar a dar sequência a esta boa fase nos últimos torneios do ano”, sublinhou na conferência de imprensa de rescaldo.

 “Se pudesse escolher um sítio para voltar a ganhar era sempre em Portugal", acrescentou acerca de uma semana de que "não podia sair mais satisfeito" e que acabou por ser "um déjà vu de 2021, quando também acabámos a jogar em indoor. São coincidências giras. Pensei nisso hoje de manhã quando vi que estava a chover. Mas este título sabe melhor pela fase que vinha a passar."