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Seleção lusa mantém a “química” mesmo com maior diversidade de clubes

Seleção lusa mantém a “química” mesmo com maior diversidade de clubes
Fotografia FAP

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 09 de janeiro de 2024, às 10:40

Portugal beneficiou do ‘núcleo duro’ do FC Porto para se estabelecer entre as seleções presentes nas grandes competições.

Portugal beneficiou do ‘núcleo duro’ do FC Porto para se estabelecer entre as seleções presentes nas grandes competições. Essa “química” mantém-se apesar da maior diversidade de clubes, garantiu o capitão Rui Silva.

“Acho que tudo tem aspetos positivos e negativos. Se calhar, há dois anos, a seleção beneficiava com a ‘química’ que havia no conjunto de jogadores que estava junto todos os dias. Mas a diversidade, que há hoje também, se calhar com a mesma cumplicidade, é também uma vantagem. Não é isso que vai trazer mais ou menos qualidade à seleção”, explicou o central do FC Porto.

Aos 31 anos, o autor do golo que valeu a inédita qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio2020 frente à França é um residente entre os ‘eleitos’ do selecionador Paulo Jorge Pereira, que chamou ainda outros cinco jogadores dos ‘dragões’, casos do guarda-redes Diogo Rêma, dos pontas António Areia, Leonel Fernandes e Pedro Oliveira e do pivô Daymaro Salina.

O Sporting, que divide a liderança do Nacional com o FC Porto, ofereceu os laterais Salvador Salvador, Francisco Costa e Martim Costa e o ponta Pedro Portela. E é o ponta direita dos ‘leões’ que aponta o caminho: “Somos todos responsáveis [por conseguir este estatuto], mas a nova geração também tem responsabilidade de continuar o trabalho que temos feito, de conseguir estar sempre nas grandes competições e melhorar o que foi feito”.

“Os novos querem mostrar o valor e marcar a sua posição e cabe-nos a nós, mais velhos, ajudar, integrar, e conseguir um grande resultado. Neste momento, adoraríamos chegar à qualificação para os Jogos Olímpicos. Acho que temos uma grande seleção e vamos dar uma boa resposta”, vincou Portela.

Entre os mais novos, o pivô Luís Frade também desvaloriza a idade. “Somos uma geração que está aí à porta. A seleção está a ser rejuvenescida, temos grandes talentos jovens que têm mostrado tanto em clubes como seleção. Nos últimos quatro estágios, têm vindo com grandes números. Estamos cá para ajudar. É uma boa geração, mas a seleção é um grupo de jogadores, não uma geração. A idade não interessa, é para ajudar e ter a atitude certa”, assegurou o jogador do FC Barcelona, de 25 anos.

Ainda mais novo, Francisco Costa, de 19 anos, reconhece que as rotinas podem favorecer, mas já são conhecidas. “As dinâmicas já estão lá, já jogamos há muito tempo. Conheço bem os jogadores do FC Porto e assim, mesmo sendo novo. Temos ligação muito forte e isso ajuda muito. Jogamos contra eles no campeonato, sabemos o que fazem e querem, e traz-se isso para a seleção”, vincou o lateral ‘leonino’.

O também lateral Alexandre Cavalcanti, dos franceses do Nantes, não tem qualquer dúvida que esta mistura potencia o valor da seleção lusa. “É uma vantagem. A nossa seleção melhora de ano para ano. Temos qualidade e jogadores de muita qualidade. Estamos sempre a melhorar. Chegar com esse estatuto é bom para nós, mas é uma responsabilidade maior ainda. Sabemos que temos qualidade para chegar longe, e é preciso provar isso”, concluiu.

A seleção portuguesa, que disputa pela oitava vez um Europeu, a terceira seguida, qualifica-se para ‘main round’ caso termine o grupo num dos dois primeiros lugares. Nessa segunda fase, em que defronta os dois primeiros dos grupos D e E – o resultado do seu adversário no grupo é contabilizado nesta classificação –, avançam os dois primeiros para as meias-finais e o terceiro para a disputa do quinto lugar europeu.

Portugal, que vai acolher a competição em 2028, juntamente com a Espanha e a Suíça, depois de ter sido anfitrião da edição inaugural, em 1994, tem como melhor resultado o sexto lugar alcançado em 2020.