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Quis ser protagonista com um mero capricho»

Quis ser protagonista com um mero capricho»
Fotografia DR

José Costa Lima

Jornalista

Publicado em 09 de janeiro de 2024, às 11:05

Árbitro deu por terminado o Lomarense-Fão com 45 minutos por jogar

O jogo entre Lomarense e o CF Fão, do campeonato de juvenis da I Divisão da AF Braga, realizado no último sábado à tarde, ficou marcado por um «manifesto desagrado» por parte do conjunto bracarense e que tem o árbitro Pedro Costa no olho do furacão. Segundo os relatos dos dirigentes da equipa da casa, o juiz «quis ser protagonista» quando «interrompeu o jogo por capricho» ainda antes do reinício da partida, agindo de «forma precipitada» e sem que houvesse «qualquer tipo de justificação» para «tal atitude drástica».

 «Estava tudo a correr dentro da normalidade, sem qualquer confusão entre jogadores ou entre adeptos. Nada de nada! Claro que houve umas “bocas” dirigidas à equipa de arbitragem, mas nada de especial. Para nosso espanto, o árbitro, ainda na 1.ª parte, chamou o nosso delegado e exigiu que o público saísse porque ele não tinha condições para continuar a apitar. Exigiu ainda que o público presente nas bancadas saísse ou ele não continuaria o jogo», começa por referir Eurico Fernandes, presidente do Lomarense. «Acabámos por ceder, as pessoas saíram todas e o jogo prosseguiu até ao intervalo. Mas, nessa altura entrei de imediato com um dirigente da AF Braga, que me disse que o árbitro não tinha autoridade para fazer isso. Fui falar com o árbitro no intervalo sobre o que a AF Braga me tinha comunicado, ele apresentou-me a sua versão com base nos regulamentos, que eu contrapus, e ele disse-me que a razão estava do lado dele. Expliquei que ele não estava a agir consoante os regulamentos e, como tal, fui abrir as portas. Os adeptos do Lomarense e do Fão entraram novamente no recinto desportivo, não houve um único insulto dirigido à equipa de arbitragem e, quando estava para começar a segunda parte, deu por terminado o jogo», prosseguiu.

 Eurico Fernandes fala numa atitude «incompreensível» e que deixou boquiabertos os adeptos dos dois emblemas. «Tanto nós como os adeptos do Fão ficámos a olhar para aquilo pasmados, até porque não houve qualquer confusão. O senhor árbitro escudou--se num mero capricho, só pode. Quis ser o protagonista quando não o deve ser», sublinhou. O juiz acabou por sair do Campo de Jogos Augusto Macedo, em Lomar, Braga, escoltado pelas forças de segurança. «O árbitro chamou a PSP e vieram sete agentes, uns numa carrinha e outros em motos. O árbitro saiu sem que ninguém lhe dirigisse uma palavra e até os polícias estavam abismados com o que ali se passou. Não dá para entender como é que um simples capricho do árbitro faz com que um jogo seja interrompido assim», completou Eurico Fernandes.