Numa época em que tem mostrado afinação no ataque, é no momento defensivo que este SC Braga denota dificuldades em afastar os fantasmas que, desde que 2023/24 principiou, tardam em desaparecer. Artur Jorge lamenta, em jeito de defesa do grupo, as análises e a insistência no tema, deixando claro que valoriza a ideia «de futebol espetáculo e que traga gente ao estádio».
«Lamento que nos agarremos a alguns dados que me parecem irrelevantes. Os resultados que temos são fruto do que fazemos enquanto equipa. As pessoas querem ver futebol espetáculo, atrativo, mas depois reduzimos a nossa análise porque sofremos um golo ou cometemos um erro individual. Quando sofremos e perdemos é como equipa, e quando marcamos e ganhamos também. Temos feito uma época bastante boa. Se queria uma equipa mais equilibrada relativamente aos golos sofridos? Obviamente que sim, não sou diferente dos outros. Mas não é oportuno estarmos constantemente a agarrar-nos aos golos sofridos. O jogo é para ser disputado e para fazermos mais golos do que o adversário», atirou o treinador do SC Braga, à margem da antevisão ao duelo de amanhã [20h15] com o Nacional, na Madeira, no qual os minhotos estão obrigados a vencer por dois golos de diferença se quiseram marcar presença na final-four da Taça da Liga.
«Perspetivamos um jogo equilibrado e ambição das equipas. A nossa passa por ganhar para disputar a final-four [da Taça da Liga]. Do outro lado, há uma equipa que não tem possibilidade, mas vai procurar vencer. Perspetivo um jogo difícil frente a uma equipa que é claramente candidata à subida. Temos uma missão clara: temos de estar na final-four. Esta é a mensagem que tenho passado. Há alguns cenários [em termos de resultados]. Pode ser vantagem mínima se marcarmos três ou quatro golos ou por mais de dois golos, mas vamos ter dificuldades. Não podemos olhar para o jogo da Taça de Portugal [vitória do SC Braga por 5-0, na época passada] e temos de ter um espírito de missão. Temos de ser fortes para estar na final-four, o que seria muito bom, para mim particularmente, porque em duas épocas faria todas as competições possíveis, nacionais e europeias. E falta-me a final-four», confessou. Depois de dois resultados negativos (derrotas em Nápoles e na receção ao Benfica), Artur Jorge sublinha que à equipa só lhe resta uma solução. «Nem mesmo os insucessos me tiram a ambição. A minha equipa tem a capacidade para estar nas decisões. Tivemos dois jogos com resultados que não queríamos, mas não podemos ficar condicionados. Temos de fazer tudo para estar na final--four. É tentativa/erro e temos de ser melhores. Faz parte de um caminho. Não somos imbatíveis, vamos errar, mas que possamos errar menos vezes», finalizou.