Um SC Braga irreconhecível, sofreu, ontem, uma pesada derrota em Faro (3-1), num encontro que teve grande dinâmica, muita emoção, e onde os algarvios ainda desperdiçaram uma grande penalidade.
O Farense chegou aos 2-0 com golos de Bruno Duarte (31’) e Rui Costa (44’), o Braga reduziu por Banza (56’), e Belloumi (58’) fez o 3-1. Começou melhor o SC Braga e aos quatro minutos Musrati, com um cabeceamento ao lado, ameaçou a baliza dos algarvios, mas o Farense, no minuto seguinte, também criou perigo, com Matheus Oliveira a rematar na área, os algarvios pediram penálti, mas o árbitro (bem) mandou seguir.
Ainda com o Braga por cima, foi de novo Musrati, aos 11 minutos, de fora da área, a fuzilar para uma grande defesa de Ricardo Velho. Mas o Farense foi subindo de rendimento, equilibrou o jogo, e aos 18 minutos Belloumi tentou a surpresa com um remate que saiu por cima. Logo de seguida o mesmo jogador, após combinar com Bruno Duarte, rematou ligeiramente ao lado do poste.
Mas o melhor do jogo estava marcado para o minuto 30. É que João Moutinho, de fora da área, encheu o pé e atirou com estrondo à trave da baliza algarvia e, na resposta, o Farense saiu rápido em contra-ataque, Bruno Duarte chegou à área, fez um “nó cego” a José Fonte e atirou para o fundo da baliza. E o 2-0 não surgiu pouco depois porque Rui Costa, liberto de marcação, e em zona de finalização, atirou ao lado.
Matheus no melhor e no pior
Aos 44 minutos, novo momento hilariante em Faro. Primeiro Belloumi, após uma nova iniciativa individual, atirou para uma grande defesa de Matheus, mas na sequência do lance, o guarda-redes do Braga decidiu inventar, e ofereceu a bola a Rui Costa que agradeceu e fez o 2-0. O primeiro tempo terminou com uma grande jogada de Álvaro Djaló, que passou por todos e rematou para uma grande defesa de Ricardo Velho.
Artur Jorge muda... Farense falha penálti
A perder por 2-0, Artur Jorge fez alterações no início da 2.ª parte, lançando Salazar e Abel Ruiz para as saídas de Borja e João Moutinho. O Braga ficou assim com dois pontas de lança em campo (Banza e Abel Ruiz), e Djaló “baixou” para o lado esquerdo.
Mas foi o Farense o primeiro a criar perigo, com Belloumi a rematar, mas a bola a bater num defesa do Braga e a sair pela cabeceira. E na sequência do lance, Abel Ruiz carregou, na área, um jogador do Farense. O árbitro recorreu ao VAR, assinalou grande penalidade, mas Rui Costa, na conversão, atirou muito por cima da trave. Bruma, pela esquerda, bem ao seu estilo, arrancou e, de ângulo difícil, atirou para as mãos de Ricardo Velho. O Braga instalava-se agora no meio-campo do Farense, carregava, adivinhava-se o golo, e foi o que aconteceu aos 56 minutos, por Banza, após mais um bom trabalho, com cruzamento, de Djaló. Só que o jogo estava diabólico e aos 58 minutos, o Farense, num bom lance de ataque, chegou ao 3-1. Matheus Oliveira recebeu na área, meteu no coração da mesma onde surgiu Belloumi a atirar para o fundo da baliza.
Artur Jorge voltou a mexer na equipa, ficou a jogar com três centrais e dois alas mais abertos, mas foi o Farense, aos 74 minutos, a estar à beira do 4-1. Valeu Matheus a fazer uma grande defesa e a negar o golo a Pastor. Só que Musrati, logo de seguida, deu um brinde ao Farense e, na área, meteu nos pés de Marco Matias que, perante tanta generosidade... atirou sobre a barra. O Braga não conseguia sair e era o Farense quem estava bem mais perto do golo.
A reação do Braga surgiu, apenas aos 86 minutos com Banza a conduzir o ataque e a deixar para Pizzi fuzilar à base do poste da baliza dos algarvios. Em cima da hora, Pizzi ainda cabeceou para as mãos de Ricardo Velho.