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Rali de Portugal. Kalle Rovanperä vence pela segunda vez e assume comando do WRC

Rali de Portugal. Kalle Rovanperä vence pela segunda vez e assume comando do WRC
Fotografia Jaanus Ree / Red Bull Content Pool

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 14 de maio de 2023, às 14:09

Com apenas 22 anos, o jovem finlandês já se tinha tornado em 2022 no mais novo campeão de ralis de sempre, batendo o mítico escocês Colin McRae.

O finlandês Kalle Rovanperä venceu este domingo, pela segunda vez consecutiva, o Rali de Portugal, a quinta prova do campeonato do mundo. A 56.ª edição da prova, que já está confirmada no Mundial de Ralis de 2024, terminou com a especial de Fafe.

Atual campeão mundial em título, o piloto da Toyota somou a primeira vitória da temporada ao concluir esta quinta prova com o tempo de 3:35'11.7 horas, deixando o segundo classificado, o espanhol Dani Sordo, da Hyundai, a 54.7 segundos, com o colega finlandês da Hyundai, Esapekka Lappi, em terceiro, a 1'20.3 minutos.

O terceiro e último dia desta quinta prova do Campeonato do Mundo foi mais uma formalidade, pois o mais jovem campeão mundial de sempre chegou às quatro derradeiras especiais com quase um minuto de vantagem sobre Sordo.

Para além da vitória, Rovanperä venceu o troço final, em Fafe, que serviu de ‘power stage’ (e com novo recorde de tempo, em 6'26.5 minutos), somando a pontuação máxima na prova (30 pontos), resultado que lhe permite ascender à liderança do campeonato pela primeira vez este ano, com 98 pontos, mais 17 do que o segundo, o estónio Ott Tänak (Ford Puma), que foi apenas quarto.

O principal motivo de interesse entre os carros de WRC era saber quem secundava o finlandês, pois a Hyundai tinha três carros nas três posições seguintes, esperando-se ordens de equipa que permitissem ao belga Thierry Neuville saltar de quarto para segundo.

No entanto, o piloto belga sofreu um problema no turbo do seu carro logo no primeiro troço da manhã, em Paredes (uma estreia na prova), ficando sem potência suficiente no motor para ter possibilidades de subir ao pódio.

Neuville arrastou-se pelas quatro especiais deste domingo sem nunca passar da terceira velocidade, de forma a assegurar, pelo menos, a quinta posição na prova e somar pontos para o campeonato.

“Acabou. Foi um problema semelhante ao de ontem [sábado], temos de descobrir o que é”, lamentava Neuville.

Com os pilotos em ritmo de passeio ao longo dos três primeiros troços do dia (Paredes, Fafe 1 e Cabeceiras de Basto), esperava-se mais ação na ‘power stage’ (Fafe 2).

Aí, Rovanperä confirmou o domínio que exerceu ao longo do fim de semana, somando o 10.º triunfo em 19 especiais disputadas (dois deles hoje), garantindo a primeira vitória da temporada, nona da carreira na 15.ª vez em que subiu ao pódio, com apenas 22 anos – faz 23 em outubro.

"Demorou muito [a voltar a vencer], mas finalmente estamos de volta. Obrigado à equipa que teve sempre a dar o máximo. Passei um mau bocado desde o ano passado, mas felizmente estou a regressar forte", comentou.

A vitória foi dedicada à mãe,  já que o Dia da Mãe é celebrado este domingo na Finlândia.

A vitória na ‘power stage’ foi garantida por apenas 0.7 segundos sobre Tänak, que passou a manhã sem sistema híbrido no seu Ford Puma e, com isso, perdia os mais de cem cavalos de potência extra.

Com estes resultados, e aproveitando o despiste do britânico Elfyn Evans, da Toyota, na sexta-feira, e a ausência de Sébastien Ogier – também da marca japonesa –, anteriores líderes, Rovanperä sobe ao comando do campeonato, com 98 pontos, mais 17 do que Tänak. Ogier e Evans são, agora, terceiros, com 69 pontos, com Neuville logo atrás, com 68.

A Toyota lidera o campeonato de construtores, com 201 pontos, contra os 169 da Hyundai e os 134 da Ford. Esta foi a 80.ª vitória da Toyota no campeonato, oitava em Portugal.

Se as coisas estavam praticamente decididas entre os WRC, na categoria secundária, a dos WRC2, o suspense durou até ao fim.

Tudo porque o sueco Oliver Solberg (Skoda Fábia), que sábado terminou o dia com mais de meio minuto de vantagem sobre o britânico Gus Greensmith (Skoda Fábia), viu os comissários atribuírem-lhe uma penalização de um minuto por ter feito piões no final da superespecial de Lousada, contrariando os novos regulamentos, em vigor há pouco mais de um ano.

Desta forma, o filho do antigo campeão mundial Petter Solberg (2003) caiu para segundo mas, durante a manhã, recuperou o quase meio minuto de atraso com que ficou para Greensmith, a braços com problemas de direção.

A vitória ficou decidida apenas no final da ‘power stage’ e sorriu ao britânico por apenas 1.2 segundos, com o norueguês Andreas Mikkelsen (Skoda Fábia) em terceiro, a 43 segundos de Solberg. O sueco mostrou-se emocionado com a derrota no final do rali, sendo consolado pelo seu navegador e também por Gus Greensmith.

A próxima ronda do WRC é o Rali da Sardenha, em Itália, de 1 a 4 de junho.