O técnico do FC Famalicão, João Pedro Sousa, desmentiu, de forma categórica, que o Colombatto tenha insultado Pepe durante o jogo com o FC Porto. «Sejam jogadores, treinadores, dirigentes ou polícia, quem diz que o Colombatto chamou alguma coisa [a Pepe] é mentiroso. Sou testemunha e acredito no meu jogador. Aliás, nem precisamos de testemunhas. É tudo mentira», disse, logo na ‘flash-interview’ da RTP.
Antes, o central da turma portista tinha acusado o argentino Santi Colombatto, do Famalicão, de lhe ter chamado «macaco» ("mono" foi a expressão que alegadmente terá sido utlizada, sendo que traduzindo significa "macaco") e criticou a «falta de coragem» do árbitro da partida das meias-finais da Taça de Portugal, Manuel Mota.
«Não importa quem foi que disse, mas é mentira se alguém tiver dito que o ‘Santi’ insultou alguém. Ou [essa pessoa] é mentirosa ou percebe mal, mas é preciso ter cuidado quando se acusa as pessoas. Falei com ele [no final do jogo]. O Santiago Colombatto é um grande profissional e deixa tudo no campo. Atrás do profissional, está um grande senhor. Só lhe perguntei uma vez. Se me dissesse outra coisa ou, por alguma razão, tivesse feito aquilo de que lhe acusam, assumiria rapidamente isso, devido ao carácter que tem. A partir do momento em que ele disse que era mentira, é mentira. Se alguém diz que aquilo aconteceu, são mentirosos», destacou, já na sala de Imprensa, o técnico dos famalicenses, que comentou, ainda, os festejos de Sérgio Conceição que, após o 2-2, passou à frente do banco do FC Famalicão e provocou o técnico do FC Famalicão, tendo sido depois expulso.
«[Festejos de Sérgio Conceição na direção do banco do Famalicão após o 2-2] Não sei o que se passou, sinceramente. Quando dei por mim, estava o treinador adversário numa gritaria tremenda à minha frente e junto à minha cara. De facto, é lamentável a todos os níveis. Eu percebo o calor das coisas, mas também garanto que jamais teria feito aquilo. Por uma razão muito simples: sou uma pessoa bem-educada e bem formada. Também tenho o coração junto à boca e vivo as partidas com muita intensidade, mas isso não me permite fazer um golo e ir gritar na cara do treinador adversário. Sinceramente, não sei aquilo que ele me disse, porque não ouvi. Naquela altura, não podia perder tempo com isso. Sou pago para fazer este trabalho e tinha de pensar muito rápido no resto do jogo. Não faço nem vou fazer tudo aquilo que seja insultar os árbitros, os jogadores ou o que quer que seja, até porque não preciso. Vivo assim a minha profissão e não vou mudar», disse.
O FC Porto apurou-se na quinta-feira para a final da Taça de Portugal de futebol pela 33.ª vez na sua história, ao vencer por 3-2 na receção ao Famalicão, em jogo da segunda mão das meias-finais, após prolongamento.