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USB anuncia ações de rua, greves e paralisações em Braga e Guimarães

USB anuncia ações de rua, greves e paralisações em Braga e Guimarães
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Publicado em 08 de fevereiro de 2023, às 12:04

Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta vai afetar todos os setores esta quinta-feira.

A União dos Sindicatos de Braga (USB) anunciou esta terça-feira um conjunto de ações no distrito para esta quinta-feira, 9 de fevereiro, naquele que é o Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta” promovido pela CGTP. «Neste dia, os trabalhadores vão para a rua em luta, nos locais de trabalho e nas ruas, levando a cabo greves e paralisações em todos os setores», disse, em conferência de imprensa, Joaquim Daniel, coordenador da USB. Estão agendadas greves de trabalhadores da APTIV e da Fesht (com concentração e desfile), de funcionários judiciais em Guimarães e de funcionários de cantinas desta cidade (com concentração junto à Câmara Municipal). Haverá ainda um plenário na Câmara de Amares com pré-aviso de greve, um plenário no centro Social e Paroquial de Ferreiros, um plenário de trabalhadores em frente à porta principal da Zara Braga Parque e concentrações de trabalhadores do Lar Conde de Agrolongo e do Centro Paroquial de S. Lázaro, às 10h00, na Arcada (Braga). Muitos destes trabalhadores vão participar em duas concentrações (“Praças da Indignação”), na cidade de Braga, em frente à empresas APTIV (às 11h00), e na cidade de Guimarães, no jardim público da Alameda (às 15h00). Na “Praça da Indignação” de Guimarães estarão também trabalhadores da Misericórdia de Guimarães e da Venerável Ordem de S. Francisco. «Este dia tem como objetivo a luta pelo aumento geral dos salários contra o aumento do custo de vida», explicou Joaquim Daniel, acrescentando que a luta «vai continuar e tem tendência acrescer», porque «é necessário dar respostas aos trabalhadores, aos problemas da região e do país». O dirigente referiu que continua a assistir-se a uma «perda real do poder de contra de quem trabalha e trabalhou (reformados e pensionistas)», enquanto «continua a injusta acumulação dos grandes grupos económicos e financeiras, e a especulação dos preços sem intervenção do governo e instituições». «É urgente aumentar os salários e as pensões, regular os preços dos bens alimentares, da energia, dos combustíveis e de outros bens essenciais», disse. A CGTP defende um aumento mínimo de 100 euros para todos os trabalhadores e o aumento do salário mínimo para 850 euros. Na conferência de imprensa participaram ainda Ana Paula Rodrigues, do SESP – Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, Sérgio Santos, do SITE – Norte, e Raquel Gallego, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). Ana Paula Rodrigues deu nota que o setor social continua a praticar salários muito baixos (predomina o salário mínimo nacional), para além de horários desregulados. Disse ainda que o SESP acompanha ainda com preocupação o setor de comércio e retalho, onde grande parte dos trabalhadores recebe «migalhas». Sérgio Santos referiu que a ação de luta amanhã de manhã no Complexo Grundig vai juntar trabalhadores da APTIV e da Fesht, contra a perda de poder de compra por prejuízos acumulados nos salários ao longo dos anos anteriores, falta de pagamentos de prémios de antiguidade, etc. O dirigente indicou ainda que a luta vai prosseguir no dia 16 e 23 de fevereiro com greves dos trabalhadores da APTIV. Raquel Gallego indicou que o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses junta-se a estas ações desta quinta-feira, em Braga e Guimarães, para acabar com as «injustiças que ainda persistem» quer a nível salarial, que a nível de progressão nas carreiras dos enfermeiros.
Autor: Jorge Oliveira