twitter

Reitor lamenta «impactos graves» que subfinanciamento teve na UMinho

Reitor lamenta «impactos graves» que subfinanciamento teve na UMinho
Fotografia

Publicado em 18 de fevereiro de 2023, às 19:00

Rui Vieira de Castro não poupou, hoje, críticas às opções do Estado português na última década.

Como estaria hoje a Universidade «se tivesse sido dotada dos recursos que legitimamente lhe cabiam?» e «como pode ser compensada a universidade dos sucessivos défices de financiamento de que foi objeto?». Estas foram as duas questões colocadas pelo reitor da academia minhota, esta manhã, na sua intervenção por ocasião do Dia da Universidade do Minho. Num discurso no qual falou do passado, do presente e perspetivou o futuro, Rui Vieira de Castro deu nota de que «o ano de 2022 foi, no plano orçamental, um ano particularmente difícil para a universidade». «Sofremos, em toda a sua extensão, os efeitos de opções que o Estado português foi assumindo ao longo da última década no que respeita o financiamento do ensino superior e, em particular, da UMinho. A não aplicação das disposições legais, em vigor, relativas ao financiamento das instituições, e a sua substituição por um modelo baseado no histórico, que se reporta ao final da primeira década do século, conduziu-nos à absurda situação de as universidades que mais cresceram, respondendo à procura social de educação superior, terem sido fortemente penalizadas por tal facto». Já o Presidente da Assembleia da República, que também esteve presente na cerimónia, aproveitou as comemorações do aniversário da UMinho de ontem para destacar o papel da academia minhota numa «mudança que tem de continuar» e que implica «plasticidade» no Ensino Superior. Até ao final do próximo ano, a UMinho vai assinalar o seu 50.º aniversário com um vasto programa que, segundo o presidente da Comissão nomeada para delinear o programa de celebrações, João Rosas, pretende ir ao encontro da comunidade académica, interagindo em simultâneo com a sociedade e toda a região, não esquecendo a dimensão da produção de conhecimento. Performances teatrais e espetáculos no espaço público, podcasts, exposições dentro e fora da UMinho, colóquios e conferências para pensar a universidade em conjunto, uma conferência alargada a todas as universidades portuguesas sobre o seu papel nos 50 anos da democracia portuguesa são alguns dos pontos do programa para 2023. A isto, junta-se a componente desportiva, com destaque para uma prova de meia-maratona a unir as cidades de Guimarães e Braga. Serão ainda apresentados estudos e editados livros. [Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Rita Cunha