A organização da Romaria de S. Sebastião de Este S. Mamede, em Braga, aspira vir a ser a maior festa de inverno do Minho.
E pelo que se viu nesta edição de 2017, há condições para o ser, tendo em conta a grande adesão do público, como se viu ontem na procissão e no sermão, que esteve a cargo do padre Daniel Neves, membro da equipa de formadores do Seminário.
Ontem, pouco depois das 14h00, era grande a azáfama na preparação da procissão. Os 16 andores, os figurantes, os escuteiros e os cavalos deram um belo colorido ao adro da igreja paroquial. Já com a presença de Ricardo Rio.
A Banda Musical de Sanguinhedo, Vila Real, e a fanfara dos escuteiros iam quebrando o silêncio do cortejo religioso até à capela do santo padroeiro, S. Sebastião.
Um dado que vale a pena sublinhar foi a presença de muitos cristãos que acompanharam a procissão até ao fim, apesar do acesso bastante íngreme.
Santidade ao alcance de todo o cristão
Na capela, o padre Daniel Neves começou por dar as boas vindas ao popovo cristão que acabara de subir o monte para celebrarem a memória de um santo que é «uma referência», desejando que a vida de S. Sebastião inspire os cristãos« a viver o evangelho na identificação com Jesus Cristo morto e ressuscitado».
De acordo com este membro da equipa de formação do Seminário de Braga, «a vida de S. Sebastião naquilo que assimilou e transmitiu, é um exemplo como a fé ajuda a ultrapassar os obstáculos da vida e como o cristão pode santificar nas mais diversas profissões ou ocupações. Mais forte que tudo é o amor a Deus», recordou, dando precisamente como o exemplo a vida do jovem soldado Sebastião.
E o sacerdote deixou um alerta: «o tempo que vivemos não é de perseguição declarada aos cristãos, mas a nossa tarefa não é mais fácil que a de S. Sebastião», considera, deixando perguntas como «quantas vezes nos deixámos contagiar por um contexto, por valores e leis contrários à fé que professamos?». Depois da festa religiosa, seguiu-se atuação dos artistas, entre eles Emanuel.
Autor: Francisco de Assis