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Plataforma Salvar a Confiança celebra 125 anos da antiga perfumaria com música

Plataforma Salvar a Confiança celebra 125 anos da antiga perfumaria com música
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Publicado em 12 de outubro de 2019, às 00:27

Várias ações estão previstas.

A Plataforma Salvar a Fábrica Confiança vai celebrar, sábado, os 125 anos do "histórico edifício" da antiga saboaria com música, conversas, exposições e atividades par as crianças em frente ao complexo onde foram produzidos milhares de sabonetes e perfumes. Segundo a página daquela plataforma, criada depois de a autarquia de Braga ter anunciado que iria vender o edifício, expropriado em 2011 por falta de verbas para a sua recuperação e para transformar o local num espaço cultural e cívico, ideia que teve na base daquela aquisição, o objetivo da ação é "reivindicar a abertura do edifício a todos os cidadãos". O programa, que começa às 16h30, explica a Plataforma, "divide-se em vários eixos": Na música, a festa conta com a participação de Adelino Arantes (16h30), Toni Simões (18h40) e do grupo bracarense de reggae Shaka, que encerrará as comemorações às 19h20. Na "vertente histórica" estava programada uma visita guiada ao edifício, que segundo fonte autárquica foi proibida por "questões de segurança", que iria ser conduzida por Nuno Coelho, autor de uma tese de doutoramento que tem por base a Fábrica Confiança, e por Luís Tarroso Gomes, membro da Plataforma Salvar a Fábrica Confiança.
Às 17h15 haverá uma conversa com Nuno Coelho em torno da questão "Por que é tão importante conhecer a História da Confiança", seguido da intervenção dos descendentes dos fundadores da fábrica.
«Os ex-trabalhadores da Confiança estão convocados também para participar. Às 18h00 arranca uma conversa com antigos trabalhadores da Confiança, que será conduzida por Luís António Santos. Ao longo da tarde serão recolhidos, em vídeo, depoimentos de ex-trabalhadores. Às 19h00 será a vez do bolo do 125º aniversário», lê-se no sítio da internet da Plataforma que engloba cidadãos e 21 associações.
Contactado pela ausência da autarquia dos festejos, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, explicou que «o destino que o município tem para o edifício» diverge do defendido pela Plataforma pelo que «não fazia sentido participar num conjunto de atividades que foi feito a solo pela Plataforma».
Rio garantiu ser do interesse da câmara «preservar toda e qualquer memória histórica da Confiança em Braga pelo que o projeto da autarquia tem no seu caderno se encargos essa exigência». A câmara de Braga já tentou, por duas vezes, alienar em hasta pública o edifício, algo que "por lei nos foi permitido", lembrou o autarca, que disse ainda que a terceira tentativa não será para já. "Vamos aguardar pelo processo de classificação do edifício que decorre para depois de toda esta poeira estar dissipada podermos levar a fim o nosso intento que tem como objetivo precisamente garantir a salvaguarda da memória do edifício", disse.
Autor: Redação / NC