«Também manifestaram o seu descontentamento pela discriminação salarial entre trabalhadores», refere uma nota distribuída no local da greve.Uma discriminação que, acrescenta, está relacionada com pagamento das horas noturnas compreendidas entre as 20 e a 22 horas, o subsídio de turno pago a 25% e apenas 10% a outros trabalhadores, ou o complemento das horas noturnas de 50% em vez de 75%.
Aludem ainda ao prémio eventual de 24,99 euros contemplado apenas para alguns trabalhadores e a não aplicação das diuturnidades aos novos trabalhadores.Ainda de acordo com o SITE-Norte, os trabalhadores também "não aceitam", ainda, que o sistema de avaliação seja contabilizado para o cálculo da atualização do salário base. «A Bosch em Portugal tem andado na ribalta das notícias. O Estado Português tem investido nesta empresa cerca de 100 milhões de euros, para investimentos que estão a ser feitos, esquecendo-se de investir na qualidade do emprego que é criado», critica o sindicato.
Refere que todos os trabalhadores inicialmente admitidos são de empresas de trabalho temporário, «que só passarão, após um ano, para o quadro de pessoal da Bosch se, aos olhos desta, se portarem bem, mas sempre com vínculo precário, mantendo-os assim no mínimo durante três anos».«A Bosch tem obrigação de oferecer melhores condições de trabalho, sem discriminação», reclama o sindicato, denunciando ritmos de trabalho "alucinantes" e desrespeito pela vida familiar dos trabalhadores, ao alterar «constantemente» os horários de trabalho. A Bosch Car Multimédia foi contactada, mas a administração escusou-se a tecer qualquer comentário.
Autor: Redação