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Novo quartel dos Bombeiros Voluntários abre com equipamento novo mas frota velha dificulta combate aos fogos

Novo quartel dos Bombeiros Voluntários abre com equipamento novo mas frota velha dificulta combate aos fogos
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Publicado em 11 de dezembro de 2022, às 09:35

O novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Braga vai abrir portas com mobiliário novo para garantir condições de dignidade. Mas a nova casa vai receber a frota velha que é usada no combate aos fogos e que impõe despesas elevadas à instituição.

Inaugurar o novo quartel com mobiliário novo para garantir as condições de dignidade e conforto aos elementos da corporação. É o propósito da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga, que não esconde as dificuldades que a frota envelhecida coloca à ação da corporação.

«Tinha pensado que podíamos ter o quartel pronto lá para verão. Mas mais três meses para trás ou mais três meses para a frente é irrelevante, na fase em que nos encontramos. O mais importante é que as coisas fiquem bem feitas», disse ao Diário do Minho António Fernandes Ferreira. O presidente dos Bombeiros Voluntários de Braga, que falava à margem da Assembleia-Geral que aprovou o Plano de Atividades e Orçamento para 2023, acrescentou que «um quartel destes constrói-se uma vez em cada século», particularidade que reforça a necessidade de novo mobiliário.

«Queríamos ver se não era preciso levar para o novo os equipamentos velhos que temos neste quartel», referiu, dando conta que os armários, os colchões, as cadeiras e outros equipamentos que são usados pelos bombeiros e bombeiras da instituição «estão já em muito mau estado». Para garantir o conforto mínimo ao corpo de voluntários, a Direção tem em curso uma campanha solidária que envolve cidadãos e empresas. «Acho que vamos conseguir», sublinha António Ferreira, que estima que a renovação dos equipamentos represente um esforço financeiro em torno dos 80 mil euros.

Renovação da frota só com apoios

Afastando das prioridades mais imediatas a compra de uma auto-estacada - é um «equipamento muito caro» e mesmo em segunda-mão custa mais de 100 mil euros, além de ter «uma manutenção caríssima , o presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga aponta para a «grande necessidade» de aquisição de novas viaturas de combate a incêndios e de um auto-tanque. «Vamos ver se existe alguma linha de financiamento que nos permita a substituição das viaturas de combate ao fogo, porque estamos a trabalhar com viaturas com 30 e 40 anos de utilização, já estão muito usadas e avariam já com alguma facilidade», nota o responsável, assumindo que a operação de substituição «é a grande prioridade». Mas só será possível de concretizar se houver financiamento, porque «essas viaturas custam na ordem dos 300 mil euros cada uma».

Também «mesmo necessário» é uma viatura ligeira de combate a incêndios. «A que temos já está com muitos quilómetros e com muitos problemas e ter uma viatura ligeira que nos permita atacar rapidamente um fogo é fundamental», sublinha António Ferreira.


Autor: Joaquim Martins Fernandes