Inaugurar o novo quartel com mobiliário novo para garantir as condições de dignidade e conforto aos elementos da corporação. É o propósito da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga, que não esconde as dificuldades que a frota envelhecida coloca à ação da corporação.
«Tinha pensado que podíamos ter o quartel pronto lá para verão. Mas mais três meses para trás ou mais três meses para a frente é irrelevante, na fase em que nos encontramos. O mais importante é que as coisas fiquem bem feitas», disse ao Diário do Minho António Fernandes Ferreira. O presidente dos Bombeiros Voluntários de Braga, que falava à margem da Assembleia-Geral que aprovou o Plano de Atividades e Orçamento para 2023, acrescentou que «um quartel destes constrói-se uma vez em cada século», particularidade que reforça a necessidade de novo mobiliário.
«Queríamos ver se não era preciso levar para o novo os equipamentos velhos que temos neste quartel», referiu, dando conta que os armários, os colchões, as cadeiras e outros equipamentos que são usados pelos bombeiros e bombeiras da instituição «estão já em muito mau estado». Para garantir o conforto mínimo ao corpo de voluntários, a Direção tem em curso uma campanha solidária que envolve cidadãos e empresas. «Acho que vamos conseguir», sublinha António Ferreira, que estima que a renovação dos equipamentos represente um esforço financeiro em torno dos 80 mil euros.
Renovação da frota só com apoios
Afastando das prioridades mais imediatas a compra de uma auto-estacada - é um «equipamento muito caro» e mesmo em segunda-mão custa mais de 100 mil euros, além de ter «uma manutenção caríssima , o presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga aponta para a «grande necessidade» de aquisição de novas viaturas de combate a incêndios e de um auto-tanque. «Vamos ver se existe alguma linha de financiamento que nos permita a substituição das viaturas de combate ao fogo, porque estamos a trabalhar com viaturas com 30 e 40 anos de utilização, já estão muito usadas e avariam já com alguma facilidade», nota o responsável, assumindo que a operação de substituição «é a grande prioridade». Mas só será possível de concretizar se houver financiamento, porque «essas viaturas custam na ordem dos 300 mil euros cada uma».
Também «mesmo necessário» é uma viatura ligeira de combate a incêndios. «A que temos já está com muitos quilómetros e com muitos problemas e ter uma viatura ligeira que nos permita atacar rapidamente um fogo é fundamental», sublinha António Ferreira.
Autor: Joaquim Martins Fernandes