A Câmara de Braga inaugurou, ontem, um “Parque Canino”, no monte Picoto, o primeiro de vários espaços deste género, que servem para que os donos de cães tenham um espaço adequado para o recreio e “treino” dos animais.
Este foi um investimento de cerca de quatro mil euros, que permitiu a colocação de equipamentos e a construção de “uma cerca”, onde os animais devidamente amestrados podem circular e treinar livremente.
«Este é um equipamento que já estava montado e, agora, colocamos os pontos de água [para as pessoas e para os gatos], que era uma queixa justa dos utilizadores deste parque», disse o vereador Altino Bessa, que explicou que «este é o primeiro parque canino de Braga, mas em breve vamos abrir outro em conjunto com a Junta de Tenões e Nogueiró [junto à horta urbana das Lameiras, perto do hotel de Lamaçães] e arrancou hoje (ontem) a construção de um parque canino em São Vicente (Fontainhas), uma iniciativa também realizada em parceria com a respetiva Junta de Freguesia».
Este é um tipo de equipamentos que «poderá ser replicado noutras freguesias, desde que as respetivas autarquias locais manifestem vontade de realizar este tipo de equipamentos de apoio aos donos de animais de companhia», adiantou o vereador Altino Bessa.
O titular da pasta do Ambiente referindo que o papel da «Câmara é dar apoio financeiro e logístico à instalação dos equipamentos», que devem ser estruturas de proximidade, mas que têm também «garantir a necessária distância e segurança das pessoas que não gostam da proximidade dos animais».
Parque radical pode «atrasar dois meses»
As obras do Parque Aventura poderão sofrer «um atraso de cerca de dois meses», mas a abertura do novo espaço deverá acontecer «ainda este verão», afirmou, ontem o vereador Altino Bessa.
«Pode atrasar dois a três meses, pois tínhamos previsto que em junho o espaço tivesse o mínimo para começar a funcionar, mas atendendo a este atraso determinado pelo cumprimento da obrigação legal de nova hasta pública, pode não ser possível abrir nessa data», afirmou.
O vereador do Ambiente reconheceu que «é inevitável algum atraso», embora ressalve que este novo equipamento, que se espera que transforme a face do Picoto poderá abrir sem que esteja totalmente concluído, conforme está previsto na nova hasta pública, aberta após a desistência do concorrente vencedor.
«Acreditamos que este é um equipamento importante para dinamizar o Picoto e estamos convictos que o concorrente classificado em segundo lugar e outros, que tinham procurado informação sobre o processo, estão em condições de voltarem a apresentar propostas», explicou aos jornalistas.
Altino Bessa afirmou «desconhecer as razões da desistência» após ganhar uma "hasta pública" em que ofereceu «“o triplo” do valor estimado pelos serviços municipais», para a concessão de uma parcela de 14 mil metros por 25 anos. «Só a empresa poderá explicar, mas até estranhei uma proposta tão favorável, mas esperamos que agora apareçam outras», disse.
«A empresa que ficou em segundo manifestou interesse em voltar a candidatar-se e nós abrimos a hasta pública para todos. Agora, esperamos que apareçam várias propostas», reforçou, lembrando: «Também abrimos concurso para a concessão do bar/restaurante no Picoto, mas não tivemos interessados, pelo que desafiamos os empresários a manifestarem interesse em investir, pois queremos que seja melhor parque de lazer da cidade».
“ABRA” precisa de adotantes para “salvar” mais animais do Canil/Gatil
À margem da foto inaugural do Parque Canino, que juntou algumas dezenas de donos com os seus estimados animais no Picoto, a Associação Bracarense dos Amigos dos Animais – “ABRA” aproveitou para promover a coletividade e vender algum “merchandising” para angariar receitas.
Adoção do animal
Ao Diário do Minho, as voluntárias de serviço notaram que o Canil/Gatil Municipal «está praticamente lotado», pelo que faltam famílias de acolhimento e ou adotantes para “salvar da orfandade” os animais recolhidos.
Todos os primeiros sábados de cada mês, a ABRA continua a estar nos claustros do edifício do Castelo (junto à Brasileira) a promover a adoção e a recolher fundos para melhorar os cuidados dos animais que tem à sua guarda. Certo é que «nunca são demais os voluntários que queiram ajudar a cuidar dos animais ou que estejam dispostos a adotá-los».
Autor: José Carlos Lima