Alunos do Instituto de Reabilitação e Integração Social (IRIS), de Braga voltaram a realizar ontem a sua tradicional Via-Sacra, uma atividade que revela o excelente trabalho de socialização e inclusão daquele grupo de pessoas com deficiência mental.
Com o tempo a ajudar, os muitos turistas nacionais e estrangeiros que deambulam pelas ruas de Braga acabaram por assistir à encenação feita pelos alunos e responsáveis do IRIS.
As 14 estações foram encenadas, como habitualmente, desde o Theatro Circo até às escadas do chafariz da Arcada, onde foi feita a cena da crucificação. O percurso foi feito por entre orações e cânticos apropriados à ocasião.
Uma encenação aparentemente simples, mas que implicou um grande trabalho com os utentes, merecendo, por isso, aplausos e admiração dos muitos transeuntes, bracarenses e turistas, que estão na cidade para as cerimónias da Semana Santa.
Eduarda Queirós, responsável do IRIS e pela encenação, entende que esta Via-Sacra é bastande apreciada.
«A cidade de Braga vive esta tradição religiosa com muita fé e dignidade e esta encenação ajuda os nossos utentes a integrarem-se neste ambiente e a vivê-lo também, desenvolvendo e trabalhando as suas aptidões e aumentando a sua autoestima, porque se sentem intervenientes neste cenário próprio da Semana Santa».
Seguindo a tradição, depois do calvário e do "banho de multidão", os protagonistas, alunos do IRIS, seguiram pela rua dos Capelistas, Campo da Vinha, Justino Cruz, rua do Souto, S. Marcos, Largo Carlos Amarante, terminando na rua do Raio.
Autor: Francisco de Assis