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Modelo seguido pela UMinho tem sido inspirador para o país

Modelo seguido pela UMinho tem sido inspirador para o país
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Publicado em 18 de fevereiro de 2017, às 00:31

Presidente da República ligou mérito da UMinho à escolha de António Cunha para o Conselho de Reitores

Recordando que quando a Universidade do Minho (UMinho) foi criada, em fevereiro de 1974, o país estava numa verdadeira encruzilhada – debatia-se com o fim de ciclo do imperialismo colonial, começava a descobrir a democracia, preparava a integração na Europa e tinha nos braços o desafio da inclusão social –, Marcelo Rebelo de Sousa disse que os fundadores e sucessivos reitores da UMinho «sempre» optaram pelo caminho «do futuro».

«Por isso, este é o momento de homenagear aqueles que foram os fundadores desta universidade e todos os reitores, vice-reitores e pró-reitores que trouxeram a Universidade do Minho para o plano de destaque em que se encontra», disse o Presidente da República. 

O Chefe de Estado, que falava na sessão solene comemorativa dos 43 anos da Universidade do Minho, vincou que o apontar caminhos de futuro é uma das marcas caraterísticas que a própria academia escolheu para o seu hino.

«Partir para o futuro, para outras culturas, para outros conhecimentos e para outros oceanos», enfatizou Marcelo Rebelo de Sousa, enquadrando no desígnio da procura de «novos horizontes» a passagem da UMinho a Fundação Público com Regime de Direito Privado.

O Presidente "dos afetos" sublinhou a «forte» ligação da UMinho à comunidade em que se insere, vincando que «há 43 anos celebrou um compromisso com a sociedade, que se renova todos os dias» e que aproveita aos mais diversos agentes regionais.

«Nesta academia, a ciência e o conhecimento fazem-se com uma forte preocupação comunitária e sentido de coesão  social», enfatizou o Presidente da República, numa alusão às diversas parcerias que a instituição académica tem feito com as câmaras municipais da região, o setor empresarial e as mais diversas entidades públicas e privadas.      

Polémica da Caixa reaberta em Braga  

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou ontem que sempre defendeu a necessidade de os gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) entregarem as suas declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional.

Um dia depois de ter dado por encerrada a polémica em torno da Caixa Geral de Depósitos, o Chefe de Estado acabou por voltar ao assunto quando confrontado pelos jornalistas, em Braga, com o acórdão publicado ontem no ‘site’ do Tribunal Constitucional, que notifica os ex-administradores do banco público que ainda não entregaram as declarações de rendimentos e património de que terão mesmo de fazê-lo.

«Às vezes, vale a pena ser teimoso, ter a mesma ideia do começo até ao fim ou, dito por outras palavras, ser professor de Direito Constitucional», acentuou o Chefe de Estado, à margem do 43.º aniversário da Universidade do Minho.

O Tribunal Constitucional decidiu por unanimidade que os ex-administradores da CGD que ainda não entregaram as declarações de rendimentos e património vão mesmo ter de o fazer.

«É muito simples. É um caso encerrado, ponto final, parágrafo, é um caso que está encerrado, agora olhemos para o futuro e no futuro temos muito para tratar em relação à recapitalização da Caixa, como já disse. Em relação ao passado, terminou. O Presidente, o que tinha a dizer, está dito, não muda uma linha, não muda uma vírgula, não acrescenta uma vírgula, está dito», frisou Marcelo Rebelo de Sousa.

Apesar de o Presidente e o primeiro-ministro terem dado por encerrada a controvérsia em torno da Caixa, o PSD e o CDS-PP avançaram com um pedido obrigatório de constituição de uma comissão parlamentar de inquérito para analisar as trocas de comunicações entre Centeno e António Domingues, um dia depois de a esquerda parlamentar ter recusado fazer essa apreciação na comissão de inquérito à gestão da Caixa que está já constituída.

Destaque

O presidente do Conselho Geral da UMinho afirmou que a academia «é altamente prestigiada» nos planos nacional e internacional», mas advertiu que «outros desafios» reclamam especial atenção. Laborinho Lúcio apontou o caso concreto dos novos estatutos da universidade, que se encontram em fase de consulta pública, e para os quais reclamou «um papel decisivo» do órgão a que preside.


Autor: Joaquim Martins Fernandes