Dar a conhecer o que fazem os cientistas e para que serve a ciência são os objetivos da iniciativa "Dias de Portas Abertas no INL", que começou ontem e termina hoje no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia.
Ao longo de todo o dia, foram diversas as atividades disponibilizadas para satisfazer a curiosidade dos presentes, de uma forma divertida, dando também a conhecer dispositivos desenvolvidos no INL.
Entre estas, a construção de um modelo de ADN com ursinhos de goma e palitos, a utilização de um piano que funciona a energia solar e uma caça ao tesouro.
Noutras atividades, as famílias ficaram a saber mais acerca da história dos microscópios e qual a diferença entre o que o olho humano vê e o que é possível ver através deste instrumento.
Os interessados tiveram ainda a oportunidade de vestir os fatos especiais para entrarem na chamada "sala limpa", que não pode ter partículas suspensas no ar. Já noutra atividade, as crianças imprimiram t-shirts recorrendo à tecnologia de serigrafia.
A tecnologia alimentar também foi abordada, com destaque para os cuidados a ter com a segurança dos alimentos, de modo a evitar a sua contaminação por bactérias.
Durante todo o dia, pelo espaço passaram cerca de 2500 pessoas, entre adultos e crianças, batendo o recorde diário da edição de 2015.
O INL teve mesmo de recusar inscrições, dada a lotação do espaço. Hoje, o dia está reservado a escolas, associações e instituições, num total de 150. Ao todo, serão mais de 3000 participantes.
À margem da iniciativa, o diretor do INL mostrou-se bastante satisfeito com a adesão do público e apenas lamentou não ser possível acolher mais.
«É um grande esforço fazermos um evento como este e tem de ser tudo equilibrado, mas é muito importante termos aqui esta ação para mostrarmos o que fazemos em benefício da sociedade e como isso pode mudar o futuro», explicou.
Para Lars Montelius, esta iniciativa reveste-se de particular importância tendo em consideração que, «em muitos casos, as pessoas pensam que a ciência não tem muita utilidade».
«A ciência não é exterior à sociedade. (...) Isto é uma forma de criar uma "avenida" para o diálogo para que as pessoas possam conhecer e falar sobre as nossas questões, perceber mais e, talvez, ficar mais entusiasmadas e continuarem a fazer desenvolvimento», vincou, sublinhando, aqui, a importância das ações direcionadas aos mais novos.
Autor: Rita Cunha