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Mau tempo não impede famílias de cumprir romagem ao S. Brás

Mau tempo não impede famílias de cumprir romagem ao S. Brás
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Publicado em 05 de fevereiro de 2017, às 11:06

Os devotos homenagearam a bela imagem de S. Brás

A festa em honra de S. Brás, que hoje vive o seu ponto mais alto, começou ontem com a habitual visita dos devotos, em particular das famílias, que ali vão pedir proteção.

Apesar do mau tempo ter impedido uma afluência mais significativa, como em anos anteriores se verificou, foram muitos os gualtarenses que quiseram demonstrar a sua devoção pelo santo protetor das doenças da garganta, e apesar da chuva, não deixaram de cumprir a sua visita.

Apesar do frio, os vendedores de doces tradicionais e de farturas, foram fazendo algum negócio durante a manhã e a tarde de ontem, mas todos acreditam que hoje a chuva dará tréguas e o negócio melhorará significativamente, permitindo também que o bar aberto instalado no adro da igreja velha funcione em pleno.

O juiz da Confraria de S. Brás, Fernando Freitas, esclareceu que em virtude do mau tempo, foi mesmo necessário proceder à reparação da iluminação que sofreu alguns estragos com o vento e a chuva. 

«Contudo, e apesar do tempo, as cerimónias litúrgicas têm-se cumprido na perfeição e as pessoas não deixam de visitar S. Brás», disse o juiz da Confraria, acrescentando «são muitos os devotos que compram gargantilhas de cera para oferecer ao Santo, pedindo a sua proteção para os males da garganta».

Além dos gualtarenses, a festa em Gualtar continua a receber também diversas pessoas de fora da freguesia, que além do culto a S. Brás, também prestam homenagem à Senhora da Boa Morte.

João Teixeira, membro da Confraria de S. Brás, realçou que «as famílias aproveitam sobretudo para trazer as crianças porque S. Brás é considerado seu potetor, desde que salvou um menino que estava em risco de vida devido a uma espinha de peixe atravessada na garganta»

«É difícil de contabilizar o número de pessoas que visitam o Santo advogado da garganta nestes dias, mas pelas esmolas aqui deixadas no templo, tudo indica que sejam uns bons milhares. No entanto, este ano tempo não tem permitido que sejam tantos os visitantes, mas no tempo não podemos mandar», argumentou João Teixeira.

Ontem, após a missa das 09h00, na igreja antiga, e as confissões, que decorreram durante toda a manhã, o Santíssimo Sacramento esteve exposto até às 16h00, tendo-se celebrado, às 18h30, a missa vespertina na igreja nova.

Hoje, o programa prossegue com missas, às 08h00 (igreja antiga), às 09h15 (igreja nova) e às 11h00 (igreja antiga), com atuação do Grupo Coral de Gualtar.  

Banda de Cabreiros anima a festa

Durante a tarde de hoje a festa será abrilhantada pela Banda de Música de Cabreiros, estando assim prevista uma vivência da festa mais em pleno, na sua vertente mais popular.

I Encontro de Concertinas de S. Brás cancelado por motivos climatéricos 

O I Encontro de Concertinas, que se previa que fosse a grande novidade do programa da festa de 

S. Brás para este ano, foi ontem cancelado em virtude do mau tempo, tendo os tocadores ficado impedidos de atuar no coreto do largo de S. Brás.

Previsto estava que este espetáculo contasse com a atuação das coletividades da casa, ou seja, o Grupo de Concertinas de Gualtar e Os Amigos das Concertinas de Gualtar, sendo, contudo, as participações extensíveis a todos os grupos que pretendessem participar nesta festa que se pretende que ganhe tradição.

Porém, face aos imprevistos climatéricos, foi impossível cumprir o programa, mas um tocador mais  resistente ainda deu um pequeno show no bar aberto da confraria, animando os presentes.

O presidente da Junta de Freguesia de Gualtar, João Nogueira, deixara já um apelo para que a população aderisse ao evento, que gostariam que passasse a ser uma referência nesta festa, esperando-se que no próximo ano se concretize.

Irmãos de S. Brás precisam-se

Entretanto, a Confraria de S. Brás tem também abertas as inscrições para "Irmãos de S. Brás", que se destinam a todos os gualtarenses, mas também a pessoas de fora da freguesia.

Segundo João Teixeira, membro da Confraria, «o objetivo é rejuvenescer o grupo», sendo certo que os Irmãos, homens ou mulheres, sem qualquer limite de idade, gozam de determinadas benesses, nomeadamente eucaristias e acompanhamento das cerimónias fúnebres.

Fernando Freitas, juiz da Confraria, esclarece que apenas é solicitado o pagamento de uma cota de entrada  aos novos irmãos, que nunca mais terão efetuar qualquer pagamento. 


Autor: Carla Esteves