O panda João, do Diego, partiu a perna quando brincava no parque. O boneco Lucas, da Olívia, sentia fortes dores nos ouvidos. Já o macaco do Eduardo comeu demasiados chocolates e, por isso, sentia dores de barriga. A estes "doentes" juntaram-se ontem, no Hospital de Braga, outros tantos como uma Minnie com dores de garganta ou um coelho com uma perna esmurrada.
Assim foi o primeiro de quatro dias do "Hospital dos Bonequinhos", uma iniciativa do Hospital de Braga e do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM) que pretende desmistificar, junto das crianças, o medo da bata branca e que estas passem a pensar no hospital como um ambiente onde se podem sentir seguras.
A triagem é a primeira estação. É aqui que os mais novos, que vestem a capa de adultos, revelam aos médicos os sintomas do seu boneco doente. E foram várias as histórias contadas.

De seguida, as crianças têm a oportunidade de passar por várias outras estações, entre elas a de Optometria, na qual colocaram uns óculos especiais para aferir a qualidade da visão; a dentária, na qual podem lavar os dentes a um boneco gigante e perceber que cuidados devem ter com a higiene oral; e a dos exames, onde puderam fazer ecografias, raios-x e até mesmo "ouvir" os batimentos cardíacos dos seus bonecos.
Seguem-se as estações das análises clínicas, com a colheita ao sangue para ser analisado; da nutrição, onde separaram os alimentos saudáveis dos não saudáveis; e a da farmácia, na qual manipularam "medicamentos" para administrar consoante a doença diagnosticada.
Já na consulta foi tempo de medir a tensão e auscultar. Este ano, a grande novidade foi a sala de testagem à covid-19, onde as crianças puderam testar os seus bonecos e ouvir alguns conselhos a ter no combate à pandemia. De destacar, ainda, a ala da cirurgia e o pós-operatório.
[Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Rita Cunha