O AVC continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal e há uma média de 11 casos por dia.A propósito do Dia Mundial do AVC, que se assinala amanhã, o INEM revela ainda que os distritos do Porto e de Lisboa registaram o maior número de encaminhamentos, com 819 e 702 casos, respetivamente. As estatísticas do INEM indicam que o Hospital de Braga (299), o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte/Hospital de Santa Maria (293), o Centro Hospitalar Universitário de São João/Hospital São João (271) no Porto, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central/Hospital São José (204) e o Centro Hospitalar Tâmega e Sousa/Hospital Padre Américo, em Penafiel (195) receberam o maior número de casos encaminhados pela Via Verde do AVC. O INEM refere que em 2018 o número de casos foi de 3.496, superior a 2017 (3164), a 2016 (3386) e a 2015 (3115). Além de ser uma das principais causas de morte em Portugal, o AVC continua, segundo o INEM, também a ser «a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares».
O INEM alerta que as primeiras horas após o início dos sintomas de AVC (falta de força num braço, boca ao lado e dificuldade em falar) são essenciais para o socorro à vítima, pois é esta a "janela temporal" que garante a eficácia dos principais tratamentos.O INEM aconselha, por isso, os cidadãos a ligar para o 112 sempre que as vítimas de doença súbita apresentem sinais ou sintomas de AVC para reduzir o número de doentes que recorrem aos hospitais pelos seus próprios meios, situação que, na maior parte dos casos, atrasa o início do tratamento da doença, reduzindo a sua eficácia.
Desde que a Via Verde foi criada, em 2006, mais de 36962 doentes puderam beneficiar de um melhor tratamento, realça o INEM.O AVC é um défice neurológico súbito, motivado por isquemia (deficiência de irrigação sanguínea) ou hemorragia no cérebro. Para prevenir a doença, devem ser adotados hábitos de vida saudáveis, evitar o tabaco e a vida sedentária e ter especial atenção a doenças como hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas.
Autor: Redação / NC