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Grupo Casais arranca com atividade no Gana em 2022

Grupo Casais arranca com atividade no Gana em 2022
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Publicado em 13 de novembro de 2021, às 10:06

O grupo prevê, para este ano, uma faturação de 540 milhões de euros.

O grupo Casais vai arrancar, no próximo ano, com a atividade no Gana, depois de ter atrasado os seus planos devido à pandemia, e irá trabalhar na área da saúde, disse à Lusa o seu presidente executivo. António Carlos Rodrigues salientou que a construtora já tinha criado uma sociedade no Gana há mais de um ano, mas o arranque da atividade sofreu um atraso com a pandemia. Neste momento, a Casais tem já uma equipa “que se começa a deslocar e vai estar de forma permanente, a partir de 2022, no Gana”. “África tem muitas oportunidades porque está tudo por fazer”, realçou, salientando que “o problema é a estabilidade económica e política, bem como a segurança” nesta região. “O Gana é desses países que tem estabilidade, tem tido apoio e atenção e nações que apoiam o seu desenvolvimento”, referiu António Carlos Rodrigues, recordando que a Casais tem “vindo a fazer obras na área da saúde”, nomeadamente em Angola. “No caso do Gana também acaba por ser nessa área da saúde”, indicou, salientando que a construtora conta “começar no início do ano umas unidades ligadas a saúde e financiadas por entidades internacionais”. António Carlos Rodrigues referiu que a Casais normalmente está “num mercado para ficar por muitos anos”, mantendo-se em quase todos onde estava antes da pandemia. "Na Europa estamos na Alemanha, Bélgica, França, Gibraltar”, indicou, revelando que a construtora resolveu avançar também para Espanha. “Angola continua a ser um dos nossos principais mercados internacionais,” nos quais também se contam Moçambique, Brasil, Dubai, Qatar, Abu Dhabi e EUA, acrescentou. “Os únicos mercados em que, de alguma forma, reduzimos a nossa atenção foi Argélia e Marrocos”, sendo que, durante a pandemia, a empresa decidiu mesmo “descontinuar” o mercado argelino, explicou ainda o responsável. Quanto ao mercado português, neste momento “estabilizou”, garantiu, sendo que “há algumas perspetivas de que poderá continuar a crescer, mas depende das obras públicas" e já há um conjunto de sinais de que vai atrasar por causa das eleições e do Orçamento do Estado. Segundo o gestor, não se pode também “o desvalorizar o impacto do investimento dos vistos ‘gold’ e esse efeito multiplicador é positivo”, criticando a “confusão” em torno desta matéria. “Não podemos desvalorizar o impacto que teve na nossa atividade nos últimos cinco anos”, sobretudo no imobiliário, referiu. O grupo Casais prevê ainda, para este ano, uma faturação de 540 milhões de euros, “bastante em linha” com os cerca de 520 milhões de euros obtidos em 2020. “O ano de 2021 foi muito parecido com 2020”, disse o gestor, reconhecendo que, no ano passado, a construtora sofreu “alguns impactos” devido à pandemia, sendo que a maior parte destes efeitos foi na atividade internacional. “Houve uma redução da mobilidade das pessoas. Foi mais difícil fechar contratos e tomar decisões de novas adjudicações”, salientou António Carlos Rodrigues, realçando, no entanto, que em Portugal o negócio “até acabou por ser positivo”.
Autor: Redação/Lusa