Encontros da Imagem reforçam em 2021 o seu papel de intervenção na sociedade

Odiretor dos Encontros da Imagem - Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, Carlos Fontes, reforçou, ontem, a importância do papel interventivo e da componente formativa nesta 31.ª edição do festival. Dando continuidade ao tema do ano passado, “Génesis 2:1”, que tem a particularidade de se enquadrar bem no contexto da atualidade, a edição deste ano é composta por imagens que interpelam a sociedade e não a deixam indiferente face a temas tão controversos e atuais como o racismo, o ambiente, a violência doméstica, as questões de género, entre muitos outros. A 31.ª edição dos Encontros da Imagem foi, ontem, apresentada na reitoria da Universidade do Minho (UMinho), no Largo do Paço, dando a conhecer um total de 47 exposições distribuídas por 25 espaços distintos, que envolvem a participação de 64 fotógrafos. Face a uma sociedade contemporânea que se debate com enormes desafios de carácter global o talento destes fotógrafos e a sua forma de ver o mundo, transmitida pela sua objetiva, parecem interpelar-nos para a necessidade de encontrar soluções para acabar com as desigualdades e indiferença em relação ao sofrimento de milhões de pessoas. Segundo Carlos Fontes «sendo a fotografia hoje uma forma de expresão artística, para além da componente estética, é imprescindível que tenha também esta função formativa». «De há alguns anos a esta parte que vimos fazendo um esforço para que os Encontros da Imagem tenham esta componente interventiva», sustentou. Por seu turno, a vice-reitora da UMinho, Manuela Martins, expressou a satisfação com que a adacemia minhota acolhe, pelo quarto ano consecutivo, este festival, sendo esta «uma área cara à UMinho», que tem promovido o certame através da cedência dos seus espaços a «um evento de referência». A vice-reitora da UMinho vincou também o facto dos Encontros da Imagem permitirem «um diálogo intensivo entre a criação artística com temas quotidianos e fraturantes da realidade social, que se enquadram na realidade vicenciada pelos cidadãos nos últimos dois anos, e que vão desde as alterações climáticas à saúde, passando pelo problema das migrações». Manuela Martins, augurou, por isso, que a edição deste ano, tratá «um aporte importante do ponto de vista cognitivo, artístico e cultural». [Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Carla Esteves